Durante uma pregação realizada no Seminário Bíblico para Jovens Cristãos (SEBJOC 2025), a pregadora Januaria Câmara manifestou sua preocupação com a conduta do adolescente Miguel Oliveira, conhecido como “profeta Miguel”, no contexto das igrejas pentecostais.
Sem mencionar diretamente o nome do jovem, Januaria relatou episódios que, segundo ela, evidenciam falta de reverência. Ao tentar reproduzir expressões que Miguel utiliza em suas pregações — como “of the King” e “the power” — a pregadora criticou a prática: “Estava vendo um menino – não vou falar o nome por questão de ética – que arrumou um tal de ‘tecon’, ‘tepauri’. Pai amado! Irmãos, o que é aquilo?”, questionou.
De acordo com Januaria, o comportamento de Miguel Oliveira é deliberado e não apresenta sinais de manifestação espiritual genuína. Ela citou um vídeo em que o adolescente afirma: “Eu falo a língua que eu quiser, se eu quiser eu falo aramaico”, o que, na avaliação da pregadora, indica que as chamadas línguas estranhas não estão sendo tratadas com seriedade. “Ele está inventando as línguas para falar”, declarou.
A pregadora também direcionou críticas a líderes da Assembleia de Deus que, segundo ela, têm apoiado a atuação do adolescente: “Tem pregadores de nome e renome que estão pregando dentro das igrejas Assembleia de Deus apoiando uma cachorrada dessa. O negócio, irmãos, não é contra o menino”, disse, pedindo que medidas sejam tomadas para preservar a doutrina pentecostal relacionada aos dons espirituais.
Januaria ainda reprovou comparações feitas entre Miguel e personagens bíblicos como Samuel e Jeremias: “Vi um desses ‘pregadorzão’ dizendo assim ‘deixa o menino pregar, Deus usou Samuel, Deus usou Jeremias que falou que era um menino’. Onde já se viu comparar Samuel, Jeremias, com esse ‘tepon’, ‘tepauri’?”, protestou.
Por fim, a pregadora alertou contra o uso da teologia da prosperidade em discursos promovidos pelo adolescente, fazendo referência a campanhas financeiras: “‘Faça o pix! R$ 100 que Deus vai te abençoar’. Igreja, jovens, Deus tem uma obra na sua vida mas não é para isso, não!”, concluiu.
