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Universidade confirma que ex-BBB Matteus utilizou cota racial 

Universidade esclarece que ex-BBB Matteus utilizou cota racial para ingressar no ensino superior após aumento da repercussão

Matteus Amaral, conhecido por sua participação no Big Brother Brasil, foi recentemente mencionado em notícias após a descoberta de que ele havia se inscrito em uma universidade sob o sistema de cotas destinadas a pretos e pardos.

Este fato levantou diversas questões e atraiu a atenção da mídia e do público nas redes sociais.

A instituição envolvida, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), confirmou a informação sobre a inscrição de Matteus, esclarecendo os detalhes do processo e a natureza do curso escolhido.

De acordo com a universidade, o ex-aluno se beneficiou das políticas de cotas para ingressar no curso superior de Engenharia Agrícola, uma parceria entre IFFar e Unipampa, que já não é mais oferecida.

Além de confirmar a matrícula de Matteus, a universidade forneceu esclarecimentos sobre as políticas de cotas vigentes à época, que se baseavam apenas na autodeclaração dos candidatos, sem mecanismos específicos de verificação.

Essa prática, comum até então em várias instituições federais do Brasil, era parte de um esforço nacional para ampliar o acesso ao ensino superior para grupos historicamente subrepresentados.

Em 2014, Matteus Amaral Vargas matriculou-se no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola, oferecido em parceria com a Unipampa, através do Edital 046/2014, que é público e lista o resultado da seleção daquele ano. Esse curso, em colaboração com a Unipampa, foi descontinuado pela IFFar em 2021. Matteus Amaral Vargas também já concluiu seus estudos na instituição declararam em contato com o colunista Gabriel Perline, da Contigo!

A universidade também detalhou o processo de seleção para as cotas naquela época:

Segundo a Lei de Cotas de 2012, em vigor naquele momento, a inscrição para cotas exigia apenas a autodeclaração do candidato. Como em outras instituições federais, não existia um sistema de verificação dessa declaração. Os editais alertavam que qualquer fraude detectada poderia levar à perda da vaga e a sanções legais, em qualquer fase, até após a matrícula. Não havia, no entanto, um método específico de verificação de autodeclaração, e eventuais fraudes só eram investigadas mediante denúncia formal à Ouvidoria. Caso uma denúncia fosse feita, iniciava-se um processo administrativo para assegurar a defesa do acusado. Nenhuma denúncia foi registrada naquele período informaram

Eles acrescentaram:

É crucial mencionar que as políticas de cotas foram aprimoradas ao longo dos anos, especialmente após surgirem denúncias de fraude em várias instituições, com grande atenção da mídia. Um dos ajustes feitos foi a implementação do procedimento de heteroidentificação, que o IFFar adotou a partir dos processos seletivos de 2022 para o ano letivo de 2023. Atualmente, cada campus possui uma comissão de três membros titulares e dois suplentes, responsáveis por todos os processos seletivos de estudantes

Até o momento, o ex-BBB Matteus não comentou publicamente sobre sua inscrição na universidade.