O grupo que compõe a espécie das jararacas é o maior responsável por causar acidentes com serpentes no Brasil

O grupo que compõe a espécie das jararacas é o maior responsável por causar acidentes com serpentes no Brasil
O biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), foi surpreendido por um resgate inusitado em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense. Uma das cobras mais venenosas do Brasil, a jararaca, foi encontrada “passeando” em um motel da cidade.
O resgate do animal, filmado pelo biólogo, aconteceu na garagem de um dos quartos do estabelecimento. No vídeo, o especialista ainda brinca: “imagina só, a pessoa chega no motel, sai do carro e se depara com uma jararaca. Isso não ia dar certo”, diz com humor.
Conforme o Ministério da Saúde, o grupo que compõe a espécie das jararacas é o maior responsável por causar acidentes com serpentes no Brasil. Das picadas registradas no país em 2022, 69,3% eram da espécie.
Quais são as cobras mais comuns em SC
Os resgates de animais como as jararaca é muito importante para o ecossistema e até mesmo para a medicina. Além de fazer o controle de pragas, esta espécie se alimentado de outros animais, a partir da peçonha da jararaca é possível extrair compostos utilizados na fabricação de medicamentos que tratam doenças cardíacas e circulatórias, aponta publicação do Governo Federal.
Caso a população encontre uma serpente, é recomendado que acione o resgate de órgãos como Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) ou os bombeiros, pois matar animais da fauna silvestre, entre eles as cobras, é proibido por lei e configura crime ambiental com pena de prisão e multa.
Veja vídeo do resgate em Jaraguá do Sul
Características da jararaca, que é uma cobra venenosa
Conforme o Butantan, esta é uma das serpentes mais comuns do sudeste do Brasil, tendo várias espécies de jararacas (gênero Bothrops) espalhadas por todo o país. Elas são encontradas da Bahia até o Rio Grande do Sul, por conta da Mata Atlântica. Eventualmente, podem aparecer em algumas regiões do Paraguai e da Argentina, países que fazem fronteira com o Brasil.
As jararacas podem se alimentar de ratos, pequenos roedores, rãs, sapos e lagartos. No que diz respeito ao comprimento, as fêmeas são maiores, podendo alcançar cerca de 1,5 metro de comprimento, ao passo que eles podem chegar a até 1 metro em média, segundo o Butantan.