Curiosidades
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“Um dia, minha filha, você vai me entender”, disse minha mãe.” (Reflexão de Sandra Annenberg)

“Apenas a maternidade faz com que tenhamos noção do amor que uma mãe sente.

Enquanto ainda apresentava o “Jornal Hoje”, a jornalista falou um pouco do que sentia sobre a maternidade, fazendo uma importante reflexão.

A maternidade é um dos momentos divisores de água para as mulheres e quem mais deseja ter filhos. Mesmo sendo um dos processos mais difíceis e árduos, ainda é gratificante pelos pequenos momentos de prazer, aqueles que apenas a felicidade da criança pode trazer.
Sabemos que é preciso abdicar de muita coisa quando escolhemos ser mães, e talvez não precisasse ser assim se tivéssemos uma sociedade que enxerga as demandas da mulher e as da criança, reconhecendo que ambas são parte importante da mesma comunidade. Mas muitas precisam lutar sozinhas, enfrentando as dificuldades da maternidade enquanto ainda trabalham fora para sustentar todos.

Existem vários tipos de maternidade, e devemos fugir de preciosismos ou de qualquer forma de generalizar esse processo que tanto modifica quem decide entrar de cabeça. A jornalista Sandra Annenberg, de 53 anos, enquanto trabalhava como âncora do “Jornal Hoje”, na Rede Globo, fez uma importante reflexão em uma das edições.

Falando sobre maternidade, ela disse que se lembrava bem de quando sua mãe lhe disse que um dia entenderia o tamanho desse amor inexplicável, que de tão grande, parece que pode explodir o peito a qualquer momento. Essas observações foram feitas antes de a jornalista ser mãe de Elisa, que hoje tem 18 anos.

Sua mãe ainda lhe disse que ela compreenderia que mesmo depois de quase não dormir em uma noite, ainda assim acordaria e aguentaria o dia todo — mesmo que como um “zumbi” — apenas porque viu o filho acordar com um sorriso. É como se a felicidade dos filhos fosse absolutamente tudo o que importasse, soando até mesmo como algo simples de conquistar.

Mesmo não chegando ao mundo com um manual de instruções (principalmente para as mães de primeira viagem), naquela rotina difícil e trabalhosa vai se aprendendo cada vez mais sobre aquele indivíduo, suas vontades e anseios. A partir dos erros, vai sendo tecido um forte vínculo em duas histórias que se tocam durante quase toda a vida.

Sandra ainda atenta no fato de que aquela infância tão difícil passa rápido e os filhos precisam lidar com as próprias frustrações para crescer, impor-se no mundo e ocupar os espaços que desejarem. Em um piscar de olhos, eles já não querem mais ficar colados em suas mães, como queriam antes, e passam a querer conquistar o mundo inteiro.

Querem liberdade, querem voar, como diz Sandra, que conclui que é justamente para isso que criou sua filha, para o mundo. Mesmo que seja para sempre o bebê da casa e que exista muita dificuldade em vê-los partir, é possível compreender que um dia esses filhos vão descobrir que “dia da mãe é todo dia”.

Essa relação entre as mães e seus filhos nunca some ou diminui, e mesmo a distância segue forte, como uma corrente que segura a âncora de um navio. Ela está ali, sempre a postos, disponível para quando eles precisarem, para ser fortaleza, escudo, leoa ou apenas colo e abraços. Mas isso é algo que apenas com o nascimento dos filhos vamos aprender, enquanto ainda somos apenas filhos, acreditamos que tudo não passa de bobagem.

A verdade é que ser mãe, ao mesmo tempo que é extremamente complexo, também é uma das maiores maravilhas do mundo, principalmente para quem sempre desejou aquele momento
específico, que sempre gostou de zelar e cuidar do outro. Conforme os anos passam, esse zelo pode diminuir, mas nos reencontros sempre surge como potência.”