Coçar os olhos é algo que todo mundo faz, em alguma frequência. Porém, é preciso ficar atento, afinal esse ato pode danificar a saúde ocular
A ação aparentemente inofensiva de coçar os olhos carrega consigo riscos significativos para a saúde ocular. Em um mundo onde nossos olhos estão constantemente expostos a diversos estímulos – sejam eles ambientais, digitais ou até mesmo físicos -, é comum recorrermos ao gesto automático de esfregar os olhos.
Contudo, esse hábito, muitas vezes inconsciente, pode desencadear uma série de problemas, desde desconfortos imediatos até complicações sérias de longo prazo.
1. Coçar os olhos pode levar a lesões e deformações oculares
Os olhos, por serem estruturas extremamente delicadas e sensíveis, estão suscetíveis a danos quando submetidos à pressão e fricção constantes do ato de coçar. Logo, essa prática pode acarretar problemas agudos, como ardência, dor, vermelhidão, hipersensibilidade, lacrimejamento e vasos sanguíneos inflamados.
A longo prazo, a repetição desse hábito pode levar a lesões mais graves, como o descolamento da retina e a deformação da córnea, conhecida como ceratocone. Em outras palavras, pode resultar em sintomas como visão turva, embaçada, sombras, flashs luminosos e, em casos extremos, a necessidade de transplante de córnea.
2. Riscos de contaminação e infecções
Além dos danos físicos diretos, coçar os olhos com as mãos sujas aumenta significativamente o risco de contaminação e infecções oculares. As mãos, frequentemente em contato com superfícies e objetos compartilhados, podem transferir micro-organismos nocivos para a região ocular.
Dentre as complicações mais comuns estão os hordéolos (terçóis), blefarite, calázio e conjuntivite. Então, essas condições, além de dolorosas, podem ser altamente incômodas e, em certos casos, contagiosas.
Adotando hábitos saudáveis para não coçar os olhos
Para prevenir estes problemas, é essencial adotar medidas simples, porém eficazes, que incluem a higienização regular das mãos e das superfícies que tocamos frequentemente.
Pessoas com hipersensibilidade a ácaros, pelos ou perfume devem evitar exposição a esses gatilhos. Além disso, deve-se adotar práticas como a utilização de antialérgicos prescritos, manutenção da higiene dos ambientes, ingestão adequada de água e uso de compressas frias.
Mudanças de comportamento e ambiente
Também é recomendável piscar com frequência, especialmente ao usar telas digitais, para manter a lubrificação natural dos olhos.
Adicionalmente, evitar ambientes com fumaça de cigarro e poluição, além de reduzir o consumo de álcool e cafeína, ajuda a diminuir o ressecamento e, consequentemente, a necessidade de coçar os olhos.
