A evangelista norte-americana Jennie Allen, reconhecida por seu trabalho entre estudantes universitários e jovens adultos nos Estados Unidos, relatou que sua missão atual de mobilização espiritual começou após um sonho com a volta de Cristo.
Segundo ela, a experiência marcou um ponto decisivo em sua trajetória ministerial e resultou no surgimento de movimentos globais de oração e evangelismo.
“Não estou dizendo que não acredito em sonhos e visões. Mas, eu nunca tive esses dons, e, alguns anos atrás, uma amiga orou na noite em que tive esse sonho para que eu ouvisse de Deus sobre algumas coisas muito grandes, coisas cruciais com meu ministério”, disse Jennie Allen em entrevista concedida à CBN News.
Crise e despertar espiritual
À época do sonho, Jennie atravessava um período de dúvidas pessoais e ministeriais, cogitando, inclusive, abandonar o ministério. A visão noturna, porém, desencadeou o que ela classificou como um “despertar espiritual”.
“Sonhei que Jesus voltaria em 10 anos. Não tenho ideia de quando Ele vai voltar — nunca diria isso — mas, eu não posso evitar o impacto que a mensagem de que Ele voltará me causou”, relatou.
A evangelista afirmou que o conteúdo do sonho não trouxe consolo, mas um senso de alerta e urgência:
“Não foi um sonho bom. Tínhamos muito trabalho a fazer e muitas pessoas estavam perecendo”.
Segundo ela, a mensagem repercutiu como um chamado à ação:
“Isso me deu um senso de urgência e pensei: ‘O que faríamos se Ele voltasse e soubéssemos disso agora. Se Ele voltasse em oito anos, então o que faríamos e como viveríamos?’”. Iniciativas de oração e evangelismo
Diante do impacto causado pela experiência, Jennie passou a enfatizar a mobilização da Igreja em oração. Foi nesse contexto que surgiu o “Gather”, um movimento global que reúne cristãos de várias nações para 25 horas ininterruptas de intercessão.
Além disso, Jennie atua como uma das líderes do UniteUs, ministério voltado para estudantes universitários, que tem promovido eventos evangelísticos em diversos campi universitários nos Estados Unidos.
“Este ano, eu acredito que Deus está se movendo de uma forma realmente única na Terra”, afirmou.
Entre os episódios que considera sinais de avivamento, Jennie destacou o movimento ocorrido na Universidade de Asbury, no Kentucky, em fevereiro de 2023. A iniciativa espontânea reuniu milhares de pessoas durante 16 dias e noites consecutivos de oração e louvor.
Ela também mencionou manifestações em prisões americanas, onde afirma ter testemunhado “uma intensa busca por Deus”.
“Eu sinto como se eu estivesse em meio à glória de Deus e isso é realmente lindo e incrível. Sinto que minha fé em Deus está mais forte do que nunca”.
Comprometimento e autenticidade
Jennie Allen continua encorajando cristãos a assumirem o compromisso com o evangelismo, afirmando que esse engajamento demonstra o anseio pela volta de Cristo.
“Não acho que eu seja especial. Acredito que cada um de nós deve dizer ‘sim’ para qualquer coisa que Deus nos chame, e, conforme fazemos isso, geralmente para mim, o desafio fica cada vez mais alto e o risco fica cada vez maior, mas sempre vale a pena”.
A evangelista também observou um desejo crescente por autenticidade dentro das igrejas:
“As pessoas estão famintas para trabalhar juntas. Elas estão famintas para ver um movimento de Deus na Terra. Estamos todos cansados da postura e da politização da religião. Todos nós estamos desejando um movimento real e verdadeiro de Deus, e é por isso que as pessoas estão dizendo: ‘Sim’.”
Expectativa por um avivamento global
Ao final da entrevista, Jennie compartilhou sua oração por uma renovação da paixão pelas almas e por um despertar espiritual coletivo:
“Que as pessoas tenham uma paixão renovada pelas almas” e “um despertar para tudo o que Deus é. A igreja nunca foi tão grande quanto é agora. Então, é hora de avivamento”.
A experiência de Jennie Allen ecoa o chamado bíblico presente em Romanos 13:11: “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos”.
