O ex-goleiro mostra todo o sofrimento que viveu por ser negro no Brasil. Foi muito além de ser chamado de macaco na partida contra o Grêmio. Com muita personalidade, ele se aprofundou no estudo do racismo. Se tornou escritor. ‘O que vivemos aqui é revoltante.’
Mário Lúcio Duarte Costa não fala só por ele, um garoto que morava de favor em um porão com sua mãe, empregada doméstica e irmãos.
Nem pelo ex-goleiro da Ponte Preta, Atlético Mineiro, Santos, Palmeiras, Joinville e Avaí. Também não pelo escritor talentoso que se mostrou, após a carreira.
Ele fala por 55,5% da população deste país que o IBGE considera preta ou parda. Aranha é muito mais que o jogador do Santos que foi chamado de macaco por Patrícia Moreira, na arena do Grêmio. E que o país todo acompanhou a cena vergonhosa.