Sem-terra entra em órgão público e ameaça matar servidor federal
O clima de insegurança está se espalhando pelo país
Um fato acontecido no estado de Alagoas dá a exata demonstração dessa situação temerária que estamos vivemos.
O caso referido foi noticiado pelo jornalista Paulo Cappelli no site Metrópoles, que detalha a ocorrência com base em uma gravação que foi realizada no momento da ameaça.
“Um trabalhador rural sem terra identificado como Gilvan Emidio da Silva ameaçou de morte um servidor federal do Instituto Nacional de Colonização e Reformas Agrária (Incra) dentro da superintendência do órgão em Alagoas. As ofensas foram feitas na frente do superintendente do Incra no estado, Junior Rodrigues do Nascimento e registradas em vídeo.
Na gravação, à qual a coluna teve acesso, o trabalhador rural começa a se exaltar enquanto toma um café. ‘Estão brincando com a verdade’, repete o sem-terra. ‘Por que não me mataram antes?’, pergunta, não detalhando o motivo da revolta.
Em seguida, o sem-terra se dirige à sala onde está o servidor alvo da fúria e inicia as ameaças. ‘Tu sabe que me deve, não sabe? Tu sabe que deve à gente, não sabe? Se eu quiser encher tua cara de bala aqui, agora, a gente enche tua cara de bala, viu?’, diz.
Ao perceber que está sendo filmado, o homem fica mais irritado. ‘É pra filmar mesmo. Eu não tenho medo não’, grita. ‘O que eu tô falando, eu não tenho medo de fazer, não. Se eu for bandido igual a você, eu mato você aqui dentro. Eu mato você aqui dentro’, esbraveja.
‘Eu sou um homem, não sou bandido, não. Estão querendo me tornar bandido aqui dentro. Quer que eu entre na gangue? Qual é a que você quer? PCC? Comando Vermelho? Qual é a que você quer? Seu idiota! Seu idiota! Seu merda!’.”
Depois das ameaças, o Incra diz que acionou a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) e entregou a gravação.
As ameaças relatadas ocorreram no dia 14 de maio.
Até o momento nada aconteceu contra o sem-terra, que continua solto e certamente pode vir a cumprir a ameaça a qualquer momento.