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Rapper diz ter “problemas com Jesus” e confia em suas mãos

Kanye West questiona papel de Jesus e afirma ser deus de si mesmo

O rapper Kanye West, agora conhecido como Ye, declarou em uma recente entrevista que tem “questões com Jesus” e prefere tomar as rédeas das coisas em suas “próprias mãos” em vez de dar controle total a Jesus. Dessa forma, West e o rapper Ty Dolla $ign, artista colaborador em seu novo álbum Vultures 1, participaram de uma entrevista com o apresentador de rádio Big Boy.

“Tenho minhas questões com Jesus. Passei por muitas coisas, orei e não vi Jesus aparecer. Eu tive que colocar minha experiência neste mundo, minha experiência com meus filhos, minha experiência com outras pessoas, minha experiência com minha conta, minha experiência com minha marca e minha experiência com o nível de música com o qual eu estava lidando, em minhas próprias mãos”, revelou o artista.

Além disso, o rapper criticou os cristãos americanos na sociedade atual por não serem proativos o suficiente ao receberem oportunidades para ajudar os outros. Kanye contou que sente que na sociedade atual e na América “os cristãos dependem tanto de Jesus que não colocam a palavra neles mesmos”. A principal coisa com a qual não concorda é a afirmação, ‘Vou orar por você’. Nesse sentido, Kanye afirma que as pessoas também pode fazer algo fisicamente, “mais do que apenas orar”.

“Estamos tão nessa mentalidade de que isso é tudo o que precisa acontecer. Mas não estamos orando para sair da prisão. Não estamos orando para sair das clínicas de aborto. Não estamos orando para recuperar nossa terra que sempre foi nossa após a gentrificação depois do Renascimento do Harlem e Black Wall Street ter sido incendiado. Essas orações não estão funcionando”, continuou.

Deus de si mesmo

Sendo assim, o rapper argumentou que a ação física tomada pelos humanos é fundamental para fazer as coisas acontecerem. De acordo com Kanye, isso não começa a menos que possamos realmente ser reais uns com os outros. Mais tarde na entrevista, West afirmou que ele é Deus de si mesmo.

“Porque eu sou Deus. E qualquer um que queira discordar, eu sou o Deus de mim mesmo. Vocês não podem me dizer quem eu sou. Eu não sei se já estou no céu”, disse ele, ao ser questionado sobre seu sucesso na indústria da música e como ele não “desapareceu”.

Segundo The Christian Post, nos anos anteriores, West chamou atenção e manchetes por sua aparente aceitação aberta do cristianismo e sua conversão pública à fé cristã. Assim, ele lançou seu álbum Jesus is King em 2019 e gastou mais de $50 milhões em eventos “Sunday Service” em todo o país, que ele uma vez disse ser um esforço para espalhar o Evangelho.

Por fim, West recebeu críticas no mês passado depois de se autoproclamar “o novo Jesus” em seu álbum Vultures 1, lançado em 10 de fevereiro. O álbum inclui uma música chamada “Carnival”, que está repleta de linguagem obscena e violência sexual.