Após perder as eleições, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), ordenou a demissão de quase 2 mil servidores na manhã desta terça-feira (8). No entanto, após reações críticas, ele decidiu voltar atrás e anulou os decretos de exoneração em uma nova edição do Diário Oficial do município, restabelecendo os cargos.
Ao todo, foram dispensados 1.307 servidores e 655 comissionados de diversas áreas, incluindo Cultura, Educação, Saúde, Direitos Humanos, Finanças, Meio Ambiente, Comunicação, Desenvolvimento Social, Turismo, Esporte, Habitação, Mobilidade e Administração Pública. A medida gerou críticas de sindicatos e outros setores da sociedade, com o Sindicato dos Jornalistas de Goiás enviando uma carta ao prefeito. No documento, a entidade destacou a necessidade de manter a continuidade dos serviços de comunicação e informação da prefeitura, independentemente do resultado eleitoral. Entre os demitidos, estavam 50 jornalistas atuando em assessorias das secretarias municipais.
A assessoria de Rogério Cruz justificou as demissões como um “ajuste na máquina pública” para atender metas fiscais e evitar impactos nas contas do município. A nota emitida afirmou que novas nomeações podem ocorrer, caso necessidades sejam identificadas em áreas estratégicas.
Cruz, que recebeu apenas 21.616 votos (3,14%) e ficou em penúltimo lugar, não avançou para o segundo turno.
A disputa pela prefeitura será entre Fred Rodrigues (PL), que obteve 31,14% dos votos, e Mabel (União Brasil), com 27,66%, no próximo dia 27 de outubro.