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Preços sobem 0,44% em setembro com disparada da energia elétrica

Bandeira vermelha na conta de energia elétrica puxou índice para cima no mês de setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou um aumento de 0,44% em setembro, conforme informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior crescimento para o mês desde 2021. O principal responsável pela alta foi o grupo de Habitação, que subiu 1,80%, influenciado pelo aumento de 5,36% nas tarifas de energia elétrica residencial, resultado da mudança na bandeira tarifária.

Para Marcelo Pedroso, líder regional da XP em Santa Catarina, a alta da inflação neste mês já era esperada, em razão dos fatores climáticos, com longos períodos de seca pelo país e chuvas fora de época no Sul – ainda sob reflexos das cheias em maio, no Rio Grande do Sul. “Esses fatores refletem diretamente na disponibilidade dos itens que puxaram esse aumento: a alta da energia e da alimentação, que subiu 0,5% no geral, puxada principalmente pelo preço da carne (2,97%) e das frutas (2,79%)”, explica.

Devido à grave seca que o país enfrenta, a bandeira tarifária foi alterada de verde para vermelha no patamar 1, acarretando uma cobrança extra de R$ 4,46 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos pelas famílias.

Outro impacto significativo veio do grupo alimentação e bebidas, que registrou um aumento de 0,50%. A seca que afetou as lavouras e a produção de carne contribuiu para a aceleração dos preços dos alimentos, que haviam caído nos dois meses anteriores. O resultado de setembro foi 0,46 ponto percentual superior ao de agosto, quando o IPCA apresentou uma deflação de 0,02%, a única do ano até agora. No mesmo mês de 2023, o índice subiu 0,26%.

Segundo o executivo da XP, fica o desafio para as famílias para “buscar substituições no momento das compras no varejo e adotar práticas de economia de energia para as próximas semanas”, finaliza.