Viajando a uma velocidade impressionante de quase 108.000 km/h, a Terra orbita o sol, completando uma rotação completa em seu eixo a cada 24 horas. Esse movimento incrível, fundamental para o funcionamento do nosso sistema planetário, permanece imperceptível para os habitantes da Terra. Surge a questão: por que a rotação da Terra não é sentida por aqueles que nela habitam?
Abordando essa questão, Stephanie Deppe, uma astrônoma renomada e estrategista de conteúdo para o Observatório Vera C. Rubin no Chile, faz uma analogia com uma experiência cotidiana. “Se você está em um carro e está indo a uma velocidade constante na rodovia, se você fechar os olhos e ignorar o ruído da estrada, você se sentiria estacionário”, ela explica.
Essa constância na velocidade, semelhante à rotação invariável da Terra, torna a sensação de movimento insignificante para os nossos sentidos. O princípio do movimento relativo, como discutido por Greg Gbur, professor de física e ciência óptica na Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, esclarece ainda mais esse fenômeno. “Sabemos que não existe tal coisa como movimento absoluto. A única coisa que importa é o movimento relativo”, afirma Gbur, remetendo aos insights de luminares como Newton e Galileu.
O experimento de pensamento imaginativo de Galileu, envolvendo as experiências indistinguíveis a bordo de um navio navegando suavemente e um ancorado no porto, destaca a postura das leis da física sobre a percepção do movimento.