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Polícia apura se mulher matou namorado com doce envenenado

Corpo do empresário Luiz Marcelo foi encontrado em avançado estado de decomposição

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond ocorreu por conta da ingestão de um brigadeirão envenenado. A principal suspeita de ter praticado o crime é Júlia Andrade Pimenta, namorada de Luiz, que está foragida. O corpo do empresário foi achado em avançado estado de decomposição no último dia 20 de maio, no apartamento onde ele morava.

De acordo com o portal G1, o laudo da necrópsia não determinou a causa da morte do homem, mas o perito responsável identificou uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo. Nas últimas imagens registradas do empresário, gravadas no dia 17 de maio, ele aparece com a namorada e carrega um prato, que a polícia acredita que poderia conter o brigadeirão envenenado.

Outro dado que a polícia conseguiu apurar foi a presença de um analgésico forte na cena do crime e o fato de que, nove dias antes da última imagem do empresário com vida, Júlia foi a uma farmácia e pediu medicamento de uso controlado. O que também chamou a atenção dos policiais é que, na cena do crime, Luiz foi achado sentado no sofá da sala, com dois ventiladores ligados e com a janela aberta.

Intimada a depor dois dias depois de o cadáver ter sido achado, Júlia disse que saiu da casa de Luiz na segunda, dia 20 de maio, após uma briga no domingo (19), mas informou que ele estava bem e chegou a preparar o café da manhã para ela.

Segundo as investigações da polícia, Júlia teria cometido o crime para ficar com bens e valores da vítima. Ela já é considerada foragida. A polícia também acredita que a mulher conviveu com o corpo de Luiz durante um fim de semana inteiro. Uma cigana identificada como Suyane Breschak, amiga de Júlia, foi presa por suspeita de participar da trama, recebendo bens da vítima, segundo a polícia.

O CARRO DE LUIZ

Na investigação sobre a morte do empresário houve também uma descoberta da polícia sobre o carro do empresário. De acordo com a corporação, Júlia saiu no sábado, dia 18 de maio, com o veículo de Luiz, mas retornou sem ele. A mulher só deixou o prédio definitivamente, com malas, às 13h de segunda-feira, dia 20 de maio, data em que o corpo dele foi achado.

A mulher contou que deixou o veículo na Maré para ser vendido, com a chave na ignição, mas não sabe o que aconteceu. No entanto, segundo os investigadores conseguiram descobrir que ela passou com o carro na Via Lagos, no sentido Cabo Frio. Na cidade litorânea, ela encontrou um casal de amigos, que ficou com o carro. A mulher é justamente a cigana Suyane.

Na delegacia, a cigana disse que conheceu Júlia há 12 anos e que já havia feito “trabalhos” para ela com alguns ex-namorados. A mulher tambémr afirmou que, por conta desses “trabalhos”, a namorada de Luiz contraiu uma dívida de R$ 600 mil e que vinha pagando, há cinco anos, R$ 5 mil mensais.

O carro da vítima, por sua vez, seria uma forma de amortizar a dívida em R$ 75 mil. O veículo, segundo a cigana, foi dado a um ex-namorado, que a ameaçava. Ele também teria recebido roupas e um ar-condicionado da vítima. Os policiais também descobriram que Júlia recebeu, no dia 20 de maio, um cartão de conta conjunta com Luiz.