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Pesquisa associa longevidade à capacidade de sentir cheiros nocivos

O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

Segundo um estudo publicado na revista “Nature Aging”, nematoides da espécie Caenorhabditis elegans que conseguem sentir cheiros de substâncias nocivas vivem mais tempo. Esses vermes são usados há aproximadamente 50 anos como modelo para estudos biológicos com sucesso.

Os cientistas descobriram que, quando os nematoides são expostos a compostos exalados por bactérias patogênicas, eles geram uma resposta que induz o processamento mais eficiente de proteínas tóxicas.

Os pesquisadores acreditam que esse mecanismo pode ser semelhante ao que ocorre em humanos, e que a capacidade de sentir cheiros de substâncias nocivas pode ser um fator importante para a longevidade

“Ao usar o olfato para detectar perigos no ambiente, ele eleva as respostas de estresse antes mesmo de encontrar a bactéria patogênica”, declarou o pesquisador Evandro Araújo de Souza ao portal do Governo.

“A percepção do cheiro preveniu ainda a agregação de proteínas, envolvida em doenças, e aumentou a longevidade”.

O estudo é um avanço importante na compreensão dos mecanismos que controlam o envelhecimento, e pode levar ao desenvolvimento de novas estratégias para prolongar a vida humana.

Pesquisa associa longevidade à capacidade de sentir cheiros nocivos

“Se encontrarmos uma molécula que faça a mediação desse circuito que vai da percepção do odor até a resposta do organismo, poderemos ter um caminho promissor na busca por novos tratamentos.”

A pesquisa foi realizado por Evandro Araújo de Souza, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), em parceria com pesquisadores do Medical Research Council (MRC), no Reino Unido.