A inteligência artificial vem ganhando muito espaço nos últimos meses, sendo que o grande boom se deu no ano passado, com o surgimento e popularização de ferramentas generativas, como no caso do ChatGPT, da OpenAI. A novidade tecnológica tem causado impacto inclusive no mercado de trabalho.
Isso porque as empresas dos mais variados setores perceberam como essas ferramentas podem ser utilizadas para aumentar a produtividade e diminuir o tempo e esforço humano necessários para realizar algumas tarefas, desde as mais simples até algumas mais complexas.
Isso levantou diversas questões, como quanto tempo vai demorar até que a inteligência artificial tome os empregos destinados a humanos ou se é que isso vai realmente acontecer um dia. No entanto, outros problemas permeiam essa inovação.
Problemas da IA
Um dos principais desafios — e mistérios — da implementação da inteligência artificial nas empresas pelo mundo é a segurança cibernética, já que é um tanto incerto quais dados podem ser armazenados e utilizados pelas criadoras das ferramentas como o ChatGPT.
Assim, na prática, empresas poderiam basicamente roubar dados de terceiros e utilizá-los para diversas finalidades, desde as mais óbvias, como publicidade personalizada e afins, até outras mais perigosas e potencialmente danosas para o mercado e a humanidade como um todo.
Os riscos são amplos e ainda pouco conhecidos e quase não considerados. Tanto é que no mês de maio, a Samsung proibiu o uso do ChatGPT, após verificar que seus funcionários estavam alimentando a IA com dados de documentos confidenciais.
Os próprios operadores do chatbot informaram que não é possível garantir a privacidade quando coisas assim acontecem, já que os dados são enviados para a nuvem, local em que podem ser acessados pelos funcionários e, potencialmente, por qualquer pessoa que assim deseje.
É claro que, como tudo na vida, não existe uma maneira fácil e rápida de lidar com essa novidade tão potencialmente disruptiva. Mesmo assim, no futuro breve, deve ser necessário implementar políticas e órgãos para controle das ferramentas de inteligência artificial, blindando a coleta de informações confidenciais e regulamentando o setor.