Para o líder do PL na Câmara, todas as opções estão na mesa

Sob a liderança do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a bancada do Partido Liberal na Câmara dos Deputados tomou a decisão de subir o tom em nome do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Caso a proposta não avance na Casa, a oposição promete paralisar os trabalhos.
Sóstenes afirmou que se o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não colocar o requerimento de urgência para a votação, a obstrução se fará necessária.
– A partir do dia em que ele [Hugo Motta] pisar em solo brasileiro, ele já terá que ter tomado essa decisão. Salvo contrário, nós vamos para a obstrução, que nós não queremos – destacou o líder do PL na Câmara.
A estratégia de obstruir e paralisar é um recurso regimental utilizado para atrasar a tramitação de outros projetos da pauta. Desse modo, a oposição faria uso de pronunciamentos e pedidos de adiamento para se impor, forçando uma negociação.
O partido de Valdemar Costa Neto vem pressionando, desde fevereiro, para que o projeto de anistia seja votado em caráter de urgência, sem que tenha de ser submetido às comissões, mas não conseguiu avançar.
Hugo Motta está no Japão acompanhando o presidente Lula (PT). Enquanto ele estiver no exterior, o vice-presidente da Casa, Altineu Côrtes (PL-RJ), assume o comando da Câmara, mas não pode tomar nenhuma decisão acerca da urgência da proposta.
No dia 6 de abril está marcada nova manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, pela anistia aos presos do 8 de janeiro. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão às ruas pressionar pelo perdão aos envolvidos nos atos radicais no Distrito Federal.