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Papel do STF é ‘ridículo’, diz Boris Casoy, sobre caso Débora dos Santos (veja o vídeo)

O jornalista Boris Casoy disse nesta segunda-feira, 24, que a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) tem ‘sabor humorístico’ e que os ministros desempenham um papel ‘ridículo’ no julgamento da cabeleireira Débora dos Santos. As declarações de Casoy estão no seu canal no YouTube.

Nesta última sexta-feira, 21, o ministro do STF Alexandre de Moraes condenou Débora a 14 anos de cadeia por participar das manifestações em 8 de janeiro de 2023. Com um batom, Débora escreveu ‘perdeu, mané’, na estátua da Justiça. O ministro do STF Luís Roberto Barroso usou esta mesma frase em novembro de 2022, em Nova York. Na oportunidade, ele ironizou um brasileiro que contestava principalmente o resultado das urnas.

Papel do STF “é humor trágico”, diz jornalista

Conforme Casoy, “seria muito engraçado se não fosse triste” o caso envolvendo a cabeleireira. “A dona Débora é uma cabeleireira, nenhuma Mata Hari [nome de uma espiã que atuou na Primeira Guerra Mundial] que se infiltrou no poder. É uma cabeleireira, mãe de dois filhos que pichou a estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes com batom. Basta passar um paninho lá”.

O jornalista acrescentou, sobretudo, que a frase não tem a menor importância, mas considera preocupante o fato de Débora já ter dois votos pela condenação. “Quer dizer, mais um voto e ela é condenada a 14 anos de prisão. Isso é de um ridículo atroz. É muito ridículo. É mais que humorístico; é humor trágico”.

O comunicador questiona como uma Corte que supostamente tem o melhor conhecimento jurídico “pega uma senhora que pintou com batom uma estátua e a enquadra como uma pessoa envolvida em uma grande conspiração de golpe. Isso parece piada”. Casoy afirma, do mesmo modo, que o papel dos ministros depõe contra o Supremo. “Não depõe individualmente; depõe contra todos os senhores, porque alguns opinam e outros se calam. A culpa é a mesma”.

A atuação dos ministros, conforme a análise de Casoy, representa falta de juízo. “Não dá para acreditar. Isso vai virar piada para sempre. Põe o Tribunal no chão, de cócoras. Vamos ver se os outros três votos fogem dessa solidariedade funcional. Não dá para aguentar minha gente, não dá!”.

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