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Ostentação no Instagram leva à suspensão da OAB de advogado; veja o caso

Ao ser intimado a excluir as postagens em seu Instagram, o “advogado ostentação” afirmou que não irá cumprir a ação. Entenda o caso!

Um advogado teve a sua inscrição suspensa pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) devido a uma série de posts que fez em suas mídias. Conhecido como “advogado ostentação”, Marcos Vinicius Borges foi acionado pela Seccional da OB em Cuiabá. Nas redes sociais, o advogado explicou que o motivo da decisão foram as diversas fotos que ele tem em seu perfil aberta nas quais ostenta uma vida de luxo.

Marcos Vinicius afirmou que não irá apagar as postagens e que entrará com recurso na Justiça Federal.

“Tenho orgulho de viver em um país onde meu presidente é um exemplo de honestidade, onde existe uma votação pela legalização da maconha com o placar de 4×0, e onde postar fotos em seu momento de lazer ao lado de um bem comprado com muito suor é crime ético”, ironizou o advogado no post feito.

Além disso, o profissional também relembrou na publicação o episódio no qual foi baleado dentro de seu escritório. O caso aconteceu na cidade de Sinop, a 480km de Cuiabá. “Agradeço todo apoio que o órgão me deu quando, no exercício da profissão, sofri uma tentativa de homicídio”.

Medida exigia retirada de postagem de ostentação

Além da suspensão do seu cadastro na OAB, Marcos Vinicius afirmou ainda que teria sido intimado a retirar qualquer postagem de ostentação de suas redes sociais. O advogado tinha 24 horas para realizar a medida.

Em uma nota enviada ao portal RD News, ele afirmou que a ação foi inconstitucional.

“Existe a informação nos autos de um prazo de 24 horas para apagar as fotos da minha rede social. Fato que tive ciência após a suspensão e que, por ora, não será acatado em razão de que, na minha visão, isso é inconstitucional”, explicou.

“Respeitarei a suspensão e utilizarei esse período para aperfeiçoar meu conhecimento. Deixo claro que os clientes não serão prejudicados, pois temos outros profissionais no escritório que manterão o atendimento nesse período. Creio que esse equívoco será corrigido pelo Judiciário, e não tenho como não expressar uma tristeza, onde em um país que está a ponto de liberar o uso de maconha, o profissional ser bem-sucedido se torna um ‘crime ético”, completa a nota enviada.