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Onda de calor vai deixar a conta de luz de novembro mais cara?

Com o aumento do uso dos eletrodomésticos no calor, o sistema de energia brasileiro precisou acionar as termelétricas.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou a necessidade de geração de energia elétrica por meio de termelétricas até dezembro deste ano. A medida se tornou necessária devido à necessidade de atender aos picos de demanda de energia por conta da nova onda de calor presente no Brasil.

Somente nesta semana, o consumo bateu dois recordes seguidos no país, ficando acima doa 100 MW pela primeira vez na história do país. Na segunda-feira (13), às 14h17, a demanda brasileira chegou aos 100.955 MW. Na terça (14), a demanda foi ainda maior às 14h20: 101.475 MW.

Com o uso das usinas térmicas, o preço cobrado na energia dos brasileiros tende a ficar mais alto. No entanto, ainda não ficou definido se será necessário ou não utilizar as bandeiras tarifárias. Atualmente, a bandeira em utilização é a verde, sem a cobrança extra de taxas na conta de luz. A previsão anterior era de que a bandeira verde seguiria até a metade de 2024.

Usinas térmicas já estão em funcionamento

Segundo os dados liberados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os preços no mercado livre de energia seguem voláteis. Nesta terça, o preço do megawatt/hora passou de R$ 69,04 para R$ 415,35. Na quarta (15), o valor voltou para os R$ 69,04. Diante do aumento do consumo de energia elétrica, algumas usinas térmicas a gás e carvão já voltaram a funcionar.

A Petrobras anunciou que as 12 usinas térmicas, com capacidade de 3.500 MW, já foram acionadas. O mesmo aconteceu com as unidades da Eneva e da EPD, localizadas no Nordeste. No feriado, o consumo de energia ultrapassou os 87.000 MW durante o horário do almoço. De acordo com os especialistas, esse patamar é considerado alto.

Atualmente, as hidrelétricas correspondem a 65,1% do fornecimento de energia no país. Em seguida estão as usinas eólicas com 16,3%, as termelétricas com 13,5% e 5,1% das usinas solares.