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Olimpíadas: DJ que representou Jesus em ceia LGBT+ se pronuncia

Barbara Butch disse estar “orgulhosa” de quem é, e relatou estar recebendo ameaças

Após tornar-se conhecida mundialmente por representar Jesus na Última Ceia com drag queens nas Olimpíadas de Paris e chocar a comunidade religiosa, a DJ e ativista Barbara Butch se pronunciou. Por meio da sua advogada, Audrey Msellati, ela afirmou que recebeu ameaças de morte e apresentou queixas judiciais contra elas. A performer também disse estar “extremamente honrada” por ter participado como artista destaque da abertura dos Jogos, acrescentando que tem “orgulho” de quem é e do que incorpora.

As declarações foram publicadas em inglês e francês por meio das redes sociais da ativista. Na nota escrita por Audrey, o texto cita uma “campanha extremamente violenta de assédio cibernético e difamação”.

– Ela [Barbara] foi ameaçada de morte, tortura e estupro, e também foi alvo de inúmeros insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e grossofóbicos. Barbara Butch condena esse ódio vil dirigido a ela, ao que ela representa e ao que ela apoia. Com efeito, os seus compromissos e valores pessoais de benevolência, inclusão e amor ao próximo sempre estiveram no centro do seu projeto artístico: promover festividades para todos, independentemente da idade, orientação sexual, origem, religião ou género. Ela apresenta hoje diversas queixas contra esses atos – afirma a advogada.

Já no espaço para a legenda da postagem, a própria Barbara se manifestou, afirmando que seu “coração ainda está cheio de alegria” por participar da abertura dos Jogos Olímpicos e compartilhar sua “visão da festa”. Ela também alegou que seu compromisso “sempre foi fazer todo mundo dançar”, promovendo “amor e inclusão”, e que decidiu se pronunciar após o ataque cibernético se tornar “mais extremo”.

– Embora no início eu tenha decidido não falar abertamente para deixar os inimigos se acalmarem, as mensagens que recebo são cada vez mais extremas. Tudo porque tive a honra de representar a diversidade do meu país através da arte e da música, ao lado de outros artistas e performers que admiro – disse ela, demonstrando não ver problema ou desrespeito à fé cristã na cena em que atuou.

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O que quer que alguns digam, eu existo. Nunca tive vergonha de quem sou e assumo a responsabilidade por tudo, inclusive pelas minhas escolhas artísticas. Durante toda a minha vida me recusei a ser vítima: não vou calar a boca. Não tenho medo daqueles que se escondem atrás de uma tela, ou de um pseudônimo, para vomitar seu ódio e frustrações. Lutarei contra eles sem nunca tremer.

Estou comprometida e orgulhosa. Orgulhosa de quem sou, do que sou e do que incorporo, tanto para os meus entes queridos como para milhões de franceses – concluiu Barbara.