Entenda a popularidade global do fogão a gás, seus riscos à saúde e as mudanças em andamento. Saiba mais sobre a discussão.
O fogão a gás tem uma longa história desde sua patente em 1826 pelo inventor britânico James Sharp até sua popularização na década de 1920. Hoje em dia, ele se tornou um item essencial nas cozinhas ao redor do mundo. Dados de pesquisas revelam que milhões de lares nos Estados Unidos, União Europeia e Brasil fazem uso desse eletrodoméstico.
Fogão a gás e sua popularidade
Nos Estados Unidos, um terço dos lares, ou mais de 40 milhões de pessoas, utilizam fogões a gás, enquanto na União Europeia, cerca de 100 milhões de pessoas usam esse tipo de fogão, sendo que mais da metade dos lares na Itália, Holanda, Romênia e Hungria o possuem. No Brasil, o fogão a gás está presente em 85,3% dos domicílios em São Paulo.
Crise energética
Apesar da popularidade, o uso do fogão a gás tem sido motivo de preocupação. Grupos de saúde temem que a crise energética na Europa possa agravar a situação, uma vez que as pessoas reduzem a ventilação para economizar calor e dinheiro. Além disso, existem preocupações relacionadas à segurança e aos efeitos na saúde causados pelos fogões a gás.
Proibição nos Estados Unidos
O comissário Richard Trumka Jr., da Segurança de Produtos de Consumo (CPSC), sugeriu recentemente que os fogões a gás fossem banidos nos Estados Unidos devido ao risco de envenenamento por monóxido de carbono. Estudos mostraram que a exposição ao dióxido de nitrogênio proveniente do uso do fogão a gás aumenta as chances de crianças desenvolverem doenças respiratórias, como asma.
Apesar das preocupações, algumas medidas estão sendo adotadas. O estado de Nova York aprovou uma lei que proíbe fogões a gás em novos edifícios como parte de um esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Outras cidades também estão tomando medidas, como exigir etiquetas de advertência em fogões a gás ou eliminar o uso do gás em novas construções.
Opiniões opostas
Entretanto, a indústria de combustíveis fósseis tem se oposto a essas medidas, argumentando não haver evidências científicas suficientes para associar os fogões a gás a problemas de saúde e qualidade do ar interno.
Apesar das controvérsias, é importante que as pessoas estejam cientes dos potenciais riscos e considerem alternativas mais seguras e sustentáveis, como fogões elétricos ou outras opções de cozimento. Cabe aos consumidores, governos e fabricantes buscar soluções que garantam a segurança e a saúde de todos.