Envolto em mistérios e localizado a mais de cinco mil quilômetros de profundidade, o núcleo interno da Terra sempre intrigou cientistas e pesquisadores. Sua composição, predominantemente de ferro e níquel, e temperatura similar à superfície do Sol são apenas a ponta do iceberg quando consideramos as complexidades deste enigma subterrâneo.
Desde a primeira sugestão de sua existência por Inge Lehmann em 1936, muitas teorias e especulações surgiram. Nos últimos anos, particularmente, pesquisas têm apontado para mudanças significativas na velocidade de rotação deste núcleo metálico, sugerindo uma dinâmica mais complexa do que se entendia anteriormente.
O que recentes estudos revelam sobre a dinâmica do núcleo interno?
Novas pesquisas sugerem uma mudança substancial no comportamento de rotação do núcleo interno da Terra. Análises de ondas sísmicas geradas por fontes naturais e testes experimentais têm permitido aos sismólogos estudar estas variações profundas. Especificamente, um estudo de 2023 demonstrou que o núcleo teria começado a girar a uma velocidade distinta da rotação terrestre, apresentando um fenômeno de aceleração e desaceleração ao longo de um ciclo de cerca de 70 anos.