Assim como em outros bancos brasileiros, ação da fintech tem como foco atrair público com maior poder aquisitivo.
O Nubank começou sua história há 10 anos com operação de cartão de crédito e, em seguida, expandiu o serviço para conta de pagamentos. Agora, a instituição financeira, que já soma mais de 75 milhões de clientes brasileiros, se prepara para dar mais um passo e voltar seus esforços para atrair o público de alta renda. O desafio passa pelo lançamento de produtos voltados para este público específico, assim como um reposicionamento de imagem.
Assim, diante deste contexto, uma das ações é o oferecimento de crédito imobiliário.
Financiamento
Nesse sentido, a cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, afirmou que o oferecimento de crédito imobiliário está entre os produtos mais solicitados pelos clientes ao mesmo tempo em que é algo importante para o público com maior poder aquisitivo.
“É algo que a gente adoraria conseguir fazer. É um produto mais complexo, envolve processos que a gente ainda não desenvolveu, mas vamos olhar com carinho”, afirmou durante evento comemorativo dos dez anos do banco digital na sede da empresa.
Toda essa atenção da instituição financeira ao crédito imobiliário ocorre porque os financiamentos de imóveis, por terem prazos longos e tíquete alto, são considerados como ideais para fidelizar um cliente a um banco.
Renda
Essa busca por um público com maior poder aquisitivo não é exclusiva do Nubank. O mesmo ocorre com grandes bancos brasileiros que tem maior carteira de clientes junto às classes mais baixas.
A ação se justifica porque o cliente com maior poder aquisitivo é mais resistente a crises, além de historicamente serem menos inadimplentes, o que é colocado como um ativo valioso.
Em suma, a primeira ação maior do Nubank em busca desse público foi o cartão black Ultravioleta, há dois anos.
Contudo, há outros produtos com potencial para este mesmo público, como, por exemplo, as transferências internacionais, hoje feitas em parceria com terceiros.
Reposicionamento de marca
Contudo, é preciso ir além de um cartão com benefícios ou operações de câmbio para atrair esse novo público-alvo. Por isso, a empresa também tem investido em um reposicionamento de marca, a partir de um amadurecimento da linguagem presente em suas comunicações. Se antes o Nubank tentava soar jovem e descolado, agora quer mostrar que atingiu a fase adulta.
Esse rebranding tem passado, por exemplo, pelo investimento em campanhas publicitárias em horário nobre em canais de TV aberta.
Em outros países
Além do crescimento dentro do país, o Nubank busca expandir suas operações no México e na Colômbia. Por lá, o banco desdobra a estratégia já percorrida no Brasil, a partir do lançamento de um cartão de crédito, seguido de uma conta digital. Assim, em três anos de lançamento do cartão, a instituição financeira se torno uma das maiores em emissão no México.
Já na Colômbia, o ritmo de crescimento é mais lento. Isso porque, até o momento, apenas a operação de cartão de crédito está disponível no país. Contudo, a conta digital deve entrar em operação até o final do ano. Por fim, nos dois países, o número de clientes do Nubank chega a pouco mais de 3,8 milhões.