Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (19) pela Genial/Quaest aponta que a percepção do mercado financeiro em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue majoritariamente negativa. Segundo o levantamento, 88% dos entrevistados avaliaram a gestão de forma desfavorável.
A pesquisa ouviu gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de fundos de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O índice de avaliação positiva do governo teve leve crescimento, passando de 3% em dezembro para 4% em março. Já a percepção de que a administração é regular subiu de 7% para 8% no mesmo período.
Entre os fatores que mais impactam a popularidade de Lula, 64% dos entrevistados apontaram a alta dos preços dos alimentos, 56% mencionaram equívocos na política econômica e 41% citaram o aumento de impostos.
A pesquisa também revelou uma deterioração significativa na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O percentual de avaliações negativas sobre seu trabalho saltou de 24% em dezembro para 58% em março.
Enquanto isso, as opiniões favoráveis sobre Haddad caíram de 41% para 10%, e a avaliação regular variou de 35% para 32%.
O levantamento indica que, para 85% dos entrevistados, o ministro perdeu força política, percentual superior aos 61% que já percebiam esse enfraquecimento em dezembro. Apenas 14% acreditam que ele manteve o mesmo nível de influência, enquanto aqueles que o veem como fortalecido caíram de 4% para 1%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 17 de março, com 106 entrevistas junto a representantes do mercado financeiro. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
