Decano do STF deu opinião sobre caso que ainda vai julgar sobre o 8/1
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Decano do STF deu opinião sobre caso que ainda vai julgar sobre o 8/1
O senador General Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou nesta segunda-feira (24) as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, dadas ao jornal O Estado de S. Paulo.
Mendes afirmou que o relatório da Polícia Federal aponta forte coordenação na suposta tentativa de golpe de Jair Bolsonaro e descartou a possibilidade de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
– A entrevista do Exmo. Sr. ministro Gilmar Mendes ao Estado de São Paulo faz cair por terra a crença na imparcialidade da Justiça. Ao opinar sobre o caso que irá julgar, o Ministro rasga tudo aquilo que constitui o Estado de Direito. Como diria um comentarista da vida pública: “isto é uma vergonha” – escreveu o senador na rede social X.
Mendes argumentou que crimes cometidos em 8 de janeiro são “muito próximos do terrorismo” e não deveriam ser anistiados.
– Não vejo nenhuma perspectiva disto frutificar. Em alguns casos, inclusive, são crimes que sequer poderiam ser contemplados por anistia. São crimes muito próximos do terrorismo, contra o próprio Estado de Direito, e não deveriam ser contemplados por anistia – comentou o decano.
E continuou:
– Não vejo condições para que esse debate prossiga na vida jurídica, mas entendo a perspectiva política, a ideia de falar-se em exagero judicial, de tentar minimizar os fatos do 8 de janeiro. Nós não podemos nunca esquecer esses fatos e seus contextos.