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Moda feminina domina vendas em sites como Shein, diz CNC

Entidade apoia a taxação aprovada no Congresso Nacional

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que, no ano passado, itens do vestuário feminino como calças, bermudas e shorts registraram os maiores aumentos em encomendas em sites estrangeiros. A alta para essa categoria foi de 407,4%.

Além do vestuário, outros produtos que tiveram aumentos significativos incluem tapetes (399,8%), lâmpadas de até 15 volts (231%), bebidas não alcoólicas (163,4%) e brinquedos motorizados (104,7%). No total, a quantidade de itens de bens de consumo com valor de importação de até 50 dólares por unidade cresceu 35% em 2023 em relação a 2022.

De acordo com a CNC, produtos originários da China representaram 51,8% do total de encomendas, seguidos pela Argentina (6,2%) e Paraguai (5,9%). A pesquisa foi baseada em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e abrangeu compras internacionais de 10.000 tipos de bens de consumo classificados pela Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

As informações foram coletadas de 145 países com os quais o Brasil mantém relações comerciais, e o valor médio das transações se limitou a 50 dólares por unidade.

ITENS SERÃO TAXADOS

A CNC emitiu uma nota aprovando a votação do Congresso Nacional sobre taxar produtos de até 50 dólares em 20%. Segundo a entidade, a importação prejudica o comércio nacional.

– As empresas brasileiras lutam para sobreviver em um ambiente de negócios adverso, pagando uma alta carga de impostos. A isenção, ou mesmo a redução, como foi o caso do imposto de importação sobre esses produtos que chegam do exterior, expõe essas empresas a uma concorrência injusta e desleal, pois a mercadoria é produzida lá fora com uma carga de impostos muito menor. Simplesmente, não há como concorrer – diz a nota.

A CNC ainda acha o valor de 20% baixo, porém “é melhor que a isenção”. A Confederação entende que “será preciso avaliar com cuidado” para não ” exportar empregos com o quadro social e econômico que temos no Brasil”.