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Minicérebros artificiais podem revolucionar o tratamento de doenças

Pesquisadores americanos replicaram cérebros humano em miniatura e artificialmente sem usar nenhuma célula animal

A ciência já foi longe ao produzir cérebros artificiais. Agora, pesquisadores da Universidade de Michigan desenvolveram uma forma de produzir os órgãos artificialmente e em miniatura, o que poderá ajudar nos estudos sobre como as condições neurodegenerativas começam e são tratadas.

Minicérebros artificiais

  • Os cérebros artificiais em miniatura são chamados de organoides cerebrais humanos e são livres de células animais.
  • Os pesquisadores criaram o órgão usando tecidos derivados de células-tronco impressos em 3D. Assim, eles atingiram um modelo mais perto possível da complexa estrutura cerebral humana.
  • Os pesquisadores passaram meses cultivando os minicérebros, usando tecidos e fluidos que imitam os do corpo humano.
  • Também foi fundamental que eles replicassem as condições do corpo humano, para entender como os processos se dão em uma situação real.
  • Esse modelo surgiu como uma alternativa às pesquisas usando cérebros de camundongos, já que esse método exigia a utilização de substâncias com composições variáveis de lote para lote, o que afetava o resultado.

Importância

Segundo o autor sênior do estudo, o diretor do Instituto de Biointerfaces da Universidade de Michigan, Joerg Lahann, os minicérebros permitem avanços nas pesquisas e na compreensão da biologia e do neurodesenvolvimento.

Os cientistas há muito lutam para traduzir a pesquisa com animais para o mundo clínico, e esse novo método tornará mais fácil para a pesquisa translacional passar do laboratório para a clínica.

Resultados

Com o sucesso do projeto, a coautora do estudo, Eva Feldman, revela que será possível usar as células-tronco de um paciente que tenha uma doença neurodegenerativa, como o Alzheimer, na construção de um minicérebro “personalizado”.

Assim, os médicos serão capazes de ver como a doença vai progredir naquela réplica e testar tratamentos, para então aplicá-los de forma segura no ser humano.

Esses modelos criariam outro caminho para prever doenças e estudar o tratamento em um nível personalizado para condições que geralmente variam muito de pessoa para pessoa.

Com informações de Medical Xpress