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‘O pai dos pobres’ – Mesmo com Bolsa Família, 1,3 milhão continuam na pobreza

Encarecimento do valor dos alimentos é fator que aumenta risco alimentar

Um estudo da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, apontou que, mesmo com o Bolsa Família, cerca de 1,3 milhão de famílias vivem abaixo da linha de pobreza (R$ 218 per capita) e estão vulneráveis ao risco da segurança alimentar.

De acordo com o levantamento, a alta no preço dos alimentos seria justamente um dos principais fatores que expõe as pessoas mais pobres ao risco alimentar. Nos últimos meses, por sinal, alimentos como o café, ovo e a carne vermelha ficaram consideravelmente mais caros.

– A pressão de outros gastos sobre o orçamento das famílias pobres, constrangendo a renda disponível para a compra de alimentos, constitui uma das causas da persistência da insegurança alimentar – diz um trecho do documento.

Além disso, a Caisan também avalia que a alta dos preços impacta não só a quantidade de alimentos nas casas das famílias mais vulneráveis como também a qualidade do que elas consomem.

– Essa preocupação [com o controle da inflação de alimentos] é tanto mais urgente na medida em que os preços comparativamente mais baratos dos alimentos ultraprocessados tendem a influir sobre as escolhas alimentares da população e incentivar a adoção de padrões alimentares menos saudáveis – acrescenta.