Maior explosão solar dos últimos 7 anos pode afetar a Terra neste fim de semana
O quer é uma explosão solar?
As explosões solares, ou erupções solares, podem parecer incomuns, mas ocorrem diariamente em áreas mais ativas do Sol. Esses eventos consistem na rápida liberação de energia causada por instabilidades, resultando em uma explosão que emite radiação eletromagnética e ejecta partículas para o espaço.
A classificação dessas explosões é determinada pela sua intensidade, variando da classe A (a menos intensa) até a classe X (a mais poderosa). As mais potentes podem impactar a Terra, causando interrupções nas transmissões de rádio e problemas nos sistemas de GPS.
Blecaute de rádio
A explosão solar registrada ontem (3) foi avaliada como pelo menos X9 — superando a de magnitude X8,7 que ocorreu em maio deste ano. O fenômeno gerou blecautes no sistema de rádio em algumas partes da África e da Europa. Esse efeito ocorre devido a ondas de radiação, que perturbam a ionosfera (a camada atmosférica responsável por refletir as frequências de rádio).
Na segunda-feira (1), outra erupção, também expelida pela mancha solar AR3842, causou uma perturbação nas comunicações em regiões do Oceano Pacífico.
O que explica tantas explosões solares?
O Sol passa por ciclos de 11 anos. Atualmente, ele está no meio do Ciclo Solar 25″, iniciado em 2019, que alcançou seu “máximo solar em 2024. Ao decorrer desse pico, as erupções solares se tornam mais frequentes e intensas.
Durante esse período, são afetadas não somente as transmissões de rádio. As explosões também liberam grandes ejeções de massa coronal (CMEs) na Terra, que são nuvens de plasma e partículas solares em uma altíssima velocidade.
As CMEs das últimas erupções estão previstas para atingir o planeta entre hoje (4) e domingo (6), desencadeando uma tempestade geomagnética na magnetosfera, o campo magnético da Terra. Essas perturbações permitem que algumas partículas solares entrem na atmosfera e colidam com átomos de oxigênio e nitrogênio, criando as impressionantes auroras boreais.
Segundo especialistas, o atual ciclo solar se destaca por chegar ao seu auge mais depressa e por ser o mais intenso já documentado. Com isso, espera-se que o número de tempestades geomagnéticas aumente ainda mais. Além disso, a mancha solar AR3842 pode gerar erupções solares ainda mais intensas nos próximos dias.