Caso antes tratado como sequestro agora é investigado como possível morte e ocultação de cadáver

Caso antes tratado como sequestro agora é investigado como possível morte e ocultação de cadáver
A Polícia Civil de Alagoas alterou o foco da investigação sobre o desaparecimento da bebê Ana Beatriz, de apenas 18 dias. A mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, que inicialmente relatou um sequestro, passou a ser considerada suspeita após apresentar diversas versões conflitantes sobre o caso.
Na primeira versão, Eduarda afirmou que foi abordada por criminosos armados em um carro preto na BR-101, em Novo Lino (AL), enquanto levava o filho mais velho à escola. Segundo ela, o grupo teria levado a bebê. A mesma narrativa foi repassada ao marido, que estava em São Paulo, por mensagem de áudio. Ele viajou ao estado para acompanhar as buscas.
No entanto, investigações feitas pela Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) colocaram em xeque os relatos. Imagens de câmeras e depoimentos de testemunhas indicam que a mulher não saiu de casa com a criança naquele dia, nem foi vista próxima à rodovia.
Com as evidências, Eduarda apresentou outras versões — ao todo, cinco — incluindo uma em que teria sido violentada por dois homens encapuzados durante a madrugada, que teriam levado a bebê de dentro de casa. “Checamos tudo, não há indícios dessa invasão. Nenhum vizinho ouviu barulho, e as câmeras não mostram nada”, disse o delegado João Marcello.
A polícia trabalha agora com a hipótese de que a bebê tenha morrido e que a mãe possa ter ocultado o corpo. Segundo vizinhos, a criança não foi mais vista desde a última quarta-feira (10). “Ela chegou a pedir ajuda para dar remédio à filha, mas ninguém mais ouviu o choro ou qualquer sinal da Ana Beatriz desde então”, afirmou o delegado Igor Diego.
Buscas foram feitas com cães farejadores e o apoio do Corpo de Bombeiros na região onde a família mora, mas nenhum vestígio da criança foi encontrado até o momento. A investigação segue em andamento.