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Longevidade Financeira: as mulheres estão preparadas para viver mais do que os homens?

No quesito cuidado com os outros, as mulheres são imbatíveis. O desejo de proteger quem está próximo parece algo instintivo. Entretanto, quando o assunto é cuidar das finanças e planejar o futuro, o retrato pode ser um pouco diferente.

É o que sugerem os números da Icatu. Apesar de serem a maioria da população, as mulheres respondem por cerca de 46% dos contratos de seguro de vida da companhia. Entre os de previdência, aproximadamente 44% são planos feitos por pessoas do sexo feminino. Mas o que falta para mais mulheres cuidarem melhor de suas finanças hoje e no futuro? Aproveitamos o Dia Internacional da Mulher para conversar com a diretora de produtos da Icatu Luciana Bastos sobre longevidade financeira, um conceito que vem ganhando espaço nas rodas de conversa feminina.

Dinheiro é coisa de mulher, sim

É preciso lembrar que as mulheres são a maioria da população – de acordo com o Censo 2022, 51,5% dos brasileiros são pessoas do sexo feminino. As mulheres já chefiam 50,9% dos lares no país, mais da metade2. E vivem cerca de sete anos mais do que os homens3.

Nos últimos anos, houve um aumento da participação feminina no mercado de seguros e previdência. Mas os números ainda não correspondem à relevância de seu papel na sociedade. Então, o que impede as mulheres de assumirem a liderança no aspecto de proteção financeira também?

As desigualdades de salário, de emprego e a falta de educação financeira são algumas das respostas. Mas há também aspectos culturais. “No entendimento popular, as decisões financeiras ainda são vistas como uma questão masculina. Mas falar de dinheiro é, sim, coisa de mulher. E, muitas vezes, no dia a dia, elas são ainda mais preocupadas com isso do que os homens”, lembra Luciana.

Entenda o que é longevidade financeira

Longevidade financeira nada mais é do que a capacidade de uma pessoa manter uma situação econômica estável e sustentável ao longo do tempo, especialmente em fases mais avançadas da vida. O conceito envolve aspectos como economizar, investir, reduzir dívidas, criar um fundo de emergência e planejar a aposentadoria.

Esse olhar para o futuro não difere muito do que as mulheres já fazem no dia a dia. Em geral, elas se preocupam mais do que os homens com saúde, alimentação, bem-estar físico e emocional. Possuem hábitos mais saudáveis, se cuidam, vão mais ao médico, frequentam academias, investem em tratamentos para retardar o envelhecimento. Por que não fazer o mesmo com as finanças?

Como começar

O primeiro passo é fazer uma avaliação de sua situação financeira hoje. Qual a sua receita? Qual o seu gasto mensal? Paga aluguel? Há pessoas que dependem financeiramente de você? Se algo acontecesse com você hoje que lhe impedisse de trabalhar, como ficaria sua família? Eles conseguiriam manter o padrão de vida? As dívidas são outro ponto de atenção, alerta Luciana. “Muita gente pensa que as dívidas acabam com a morte. Não, elas vão para o espólio, caem no colo dos herdeiros”, lembra ela. É preciso estar atento a isso. Há ferramentas financeiras para evitar o risco de deixar uma dívida de herança.

Envelhecer bem também é planejar as finanças

Muitas pessoas acham que envelhecer bem é apenas chegar com saúde e disposição na terceira idade. Mas de que adianta viver muito e não ter dinheiro para curtir a vida? É preciso pensar na sua sobrevivência. Aí entram outras contas.

Com base nos seus gastos atuais, quanto você estima que vai precisar no futuro para manter o padrão de vida? Onde vai morar? Quanto presume que vai gastar por mês? Você possui plano de previdência, bens, alguma renda? Quanto receberá de INSS? Sua família tem antecedentes de doenças como Alzheimer, Parkinson? Embora os gastos com transporte, alimentação e vestuário tendam a diminuir na velhice, outros sobem, e muito, como as despesas com plano de saúde, médicos, medicamentos, cuidadores… É preciso se planejar hoje para suprir essas necessidades no futuro.

O ideal é combinar soluções

Mas qual a solução ideal para conquistar a longevidade financeira? A resposta é: depende. Isso varia conforme suas possibilidades, número de dependentes, despesas mensais, disciplina financeira… Conforme sua realidade, podem existir várias soluções, de uma simples poupança a produtos mais sofisticados que combinam seguro de vida, previdência ou investimento. “Não existe uma solução de prateleira. O melhor pode ser a mistura de diferentes produtos”, diz a executiva.

Relações de confiança

Para fazer a escolha certa, a recomendação da diretora da Icatu é contar com alguém de confiança, um especialista, seja ele um amigo, um parente, um corretor, uma empresa. “Busque alguém que olhe integralmente para suas necessidades atuais e futuras, seus desejos, suas preocupações. Não é um olhar pontual. Os produtos hoje são bem flexíveis, consideram cada etapa da vida da pessoa. Quando combinados, se encaixam perfeitamente às particularidades de cada um”, recomenda ela.

Além disso, o mercado é bem avançado, há uma oferta enorme de produtos à disposição, nem sempre de fácil entendimento. “Um especialista, uma pessoa treinada terá o cuidado e a capacidade de traduzir os produtos de maneira simples, acessível”, explica Luciana. Esse, aliás, é um cuidado da Icatu, uma empresa especialista em pessoas. “A Icatu preza para que cada venda seja bem-feita, para que as pessoas saibam o que estão contratando. Os corretores que trabalham com produtos da Icatu são treinados para isso, participam de cursos, são preparados”, explica a executiva.

A vida é feita de ciclos

Uma veztomadas as decisões financeiras, é preciso rever o planejamento de tempos em tempos. O fim do casamento, a saída dos filhos de casa, a morte de uma pessoa que ajudava nas despesas, tudo isso muda o jogo e altera as necessidades financeiras atuais e futuras. Periodicamente, é preciso fazer ajustes. “Por mais que a gente se planeje, a vida está sempre mudando. A visão de futuro vai sendo transformada. A vida não é linear, é feita de ciclos e a nossa necessidade de proteção passa por ciclos também”, diz Luciana

Outra prática muito importante é a atualização dos beneficiários nos seguros de vida e planos de previdência. “Volta e meia, é preciso rever as pessoas que escolhemos para receber a indenização caso uma eventualidade aconteça, e substituí-las se necessário”, recomenda ela.

O futuro é feminino

Sobre o futuro, a visão de Luciana é otimista. O próprio hábito de cuidar do outro fará com que as mulheres aumentem naturalmente a participação no mundo das finanças, diz ela. A partir do momento que mais mulheres começam a se envolver com o assunto e descobrir que não é nenhum bicho de sete cabeças, uma ajuda a outra.

“A tendência é que no futuro a proporção de mulheres que fazem seguro seja maior do que a de homens. Isso porque, se elas têm uma boa experiência, elas querem contar para as amigas, repassar a informação, para que todos possam se beneficiar. Fazemos isso de forma natural, porque estamos acostumadas a multiplicar afeto, cuidado, carinho.”

Fonte: Blog.icatuseguros