Principal nome da direita francesa ressaltou que condenação visava evitar que fosse candidata a presidente

Principal nome da direita francesa ressaltou que condenação visava evitar que fosse candidata a presidente
A líder da direita francesa, Marine Le Pen, foi condenada nesta segunda-feira (31) à inabilitação imediata do exercício de cargos públicos, após ter sido declarada culpada de uma acusação de que teria desviado fundos do Parlamento Europeu para beneficiar seu partido.
A condenação lança dúvidas sobre o futuro político da principal figura da direita da França, que deixou a sala de audiências e o Palácio da Justiça antes que fossem anunciados todos os detalhes de sua sentença. Le Pen liderava as pesquisas de intenção de voto para as próximas eleições presidenciais francesas, em 2027.
Ainda antes de a sentença ser proferida, políticos influentes da França expressaram o temor de que tal impedimento pudesse prejudicar a democracia francesa e indicaram que a decisão seria tendenciosa contra as crescentes forças da direita no país.
– Madame Le Pen deve ser combatida nas urnas, e não em outro lugar – escreveu Gérald Darmanin, ex-ministro do Interior de centro-direita, no X, em novembro.
Le Pen direcionou seu partido, o Reagrupamento Nacional, para o posto maior legenda individual na Assembleia Nacional, com 123 cadeiras. Congressista no Parlamento francês, ela se posicionou como candidata para suceder o presidente Emmanuel Macron. Para a líder da direita, a condenação teria o efeito de privá-la “de ser uma candidata presidencial”.
– Por trás disso [da condenação], há 11 milhões de pessoas que votaram no movimento que represento. Então, amanhã [nesta segunda], potencialmente, milhões e milhões de franceses se verão privados de seu candidato na eleição – disse.