Parlamentar afirma que tratou-se de brincadeira para expressar rejeição às ideias da ministra
Parlamentar afirma que tratou-se de brincadeira para expressar rejeição às ideias da ministra
A primeira-dama Janja da Silva se manifestou em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, após o senador Plínio Valério (PSDB-AM) dizer que se sentiu inclinado a “enforcá-la”, após mais de seis horas ouvindo-a na CPI das ONGs. Em publicação no Instagram, a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que sua declaração é carregada de “ódio, misoginia e desconhecimento”.
– Uma mulher gigante, que um homem com a ignorância do senador Plínio Valério jamais vai conseguir enxergar. Sua fala carregada de ódio, misoginia e de um desconhecimento sem tamanho é um reflexo de sua pequenez. É esse comportamento masculino que mata nossas mulheres diariamente. Se para ele é difícil ouvir uma mulher tão inteligente falar durante seis horas, para nós, é de doer ouvir seis segundos de asneiras vindas de sua boca – escreveu a primeira-dama.
O senador, por sua vez, tem explicado que a fala foi uma “brincadeira”, e que usou a expressão no sentido figurado para expressar rejeição às ideias da ministra.
– Se você perguntar: “Você faria de novo?” Não. “Se arrepende?” Também não, foi uma brincadeira – disse ele no Plenário.
Marina se pronunciou nesta quarta, durante o programa Bom dia Ministro/Ministra, da EBC. Na conversa, ela falou que “quem faz ameaças à vida dos outros de brincadeira e rindo, só os psicopatas”.
– Dificilmente isso é dito contra um homem. É dito contra uma mulher, uma mulher preta, de origem humilde e que tem uma agenda que em muitos momentos confronta os interesses de alguns e que deveria ficar apenas no espaço da divergência política e não no incentivo à violência. Com a vida dos outros não se brinca. Quem brinca com a vida dos outros e faz ameaças aos outros de brincadeira e rindo, só os psicopatas.