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“Intimar alguém na UTI é coisa de ditadura”, diz presidente do PCO

Posted byGleyson Araújo

Rui Costa Pimenta criticou Moraes, a quem comparou com um cão da raça dobermann

“Intimar alguém na UTI é coisa de ditadura”, diz o Partido da Causa Operária (PCO) em seu perfil nas redes sociais, nesta sexta-feira (25). O post em referência à medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é atribuído ao presidente da legenda, Rui Costa Pimenta.

Diante do caso em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado através de uma oficial de justiça a mando de Moraes, em plena UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma intervenção cirúrgica que durou mais de 12 horas, o perfil do PCO nas redes sociais condenou o ato que rebaixa a Suprema Corte a um tribunal persecutório que age por motivações pessoais.

– Intimar alguém na UTI é coisa de ditadura. (…) Essa intimação do Bolsonaro na UTI mostra que o STF, por mais que eles façam, a gente pode esperar que eles façam mais ainda. É uma das coisas mais loucas que eu já ouvi falar em termos de processo judicial: o Bolsonaro foi intimado na UTI.

A publicação também observa que não há condição de alguém internado numa Unidade de Terapia Intensiva construir em cinco dias uma defesa para apresentá-la ao juízo. O texto fala que a prática seria condizente em uma “ditadura ferrenha”.

– Primeiro, é um absurdo. Como você vai intimar uma pessoa na UTI? Você esperaria isso de uma ditadura ferrenha, não de um Judiciário num país que seria democrático. Segundo, a intimação deu ao Bolsonaro 5 dias pra ele responder a um processo sobre golpe de Estado. Como ele vai responder ao processo estando na UTI, em 5 dias? Ele não vai fazer isso – pontuou.

Por último, o partido de extrema esquerda condena a composição da Suprema Corte quando formada por “uma pessoa como Alexandre de Moraes” e compara o exercício judicante do ministro a um cão da raça dobermann solto em um parque de diversões em meio à crianças.

– Mas o STF não quer saber. Você coloca uma pessoa como Alexandre de Moraes – é como soltar um dobermann num parque de diversões infantil – concluiu.