JustiçaNotíciasPolícia

Homem é condenado na Inglaterra por matar e esquartejar amigo em 27 partes

Condenado pela justiça tinha “obsessão por horror e sangue”, segundo investigação da polícia

Um crime macabro chocou a cidade de Salford, na Inglaterra, resultando na condenação de Marcin Majerkiewicz, de 42 anos, pelo assassinato brutal do colega de casa, Stuart Everett, de 67 anos. O julgamento, realizado no Tribunal da Coroa de Manchester, revelou detalhes perturbadores da execução do crime e da tentativa do condenado de ocultar as evidências.

A vítima, conhecida como “Benny” pelos familiares, foi morto por golpes de martelo entre os dias 27 e 28 de março de 2024. Após o homicídio, Majerkiewicz esquartejou o corpo da vítima em pelo menos 27 partes e espalhou os restos mortais por diversos pontos de Salford e Manchester.

O caso teve início em 4 de abril, quando um transeunte encontrou um torso humano envolto em filme plástico em Kersal Dale, uma reserva natural. A descoberta levou a polícia de Manchester a iniciar uma das investigações mais complexas dos últimos anos. A cena do crime permaneceu isolada por 12 dias enquanto especialistas forenses buscavam evidências.

A análise de câmeras de segurança revelou imagens de Majerkiewicz carregando uma sacola pesada pela Bury New Road, em Prestwich. O indivíduo, que parecia ter dificuldades para carregar o volume, foi visto descartando a sacola em um local afastado. Apesar de inicialmente não ser identificado, um policial reconheceu Majerkiewicz três semanas depois e ele foi preso em 25 de abril dentro de um ônibus.

As buscas levaram à localização de restos mortais em diversos pontos remotos. Entretanto, apenas cerca de 30% do corpo de Everett foi recuperado.

Na residência de Majerkiewicz, um exame forense revelou indícios da tentativa de limpeza da cena do crime. Havia manchas de sangue no carpete e no assoalho, e um pedaço de carpete havia sido substituído para encobrir evidências. A investigação também descobriu que Majerkiewicz se desfez de móveis e eletrodomésticos, incluindo um sofá-cama e uma geladeira, ambos contendo DNA da vítima.

Um dos momentos mais chocantes da investigação ocorreu quando policiais, com o apoio de uma equipe de busca subaquática, encontraram uma serra suja de sangue e fragmentos do crânio de Everett, que havia sido dividido em quatro partes. A análise confirmou que a vítima morreu devido a múltiplos traumatismos cranianos.

Após cometer o crime, Majerkiewicz assumiu a identidade da vítima, enviando mensagens para os familiares de Everett e até um cartão de aniversário, para manter a ilusão de que ele ainda estava vivo. A farsa foi descoberta quando as investigações revelaram que Everett não era visto há semanas.

Majerkiewicz, que estava desempregado e tinha dívidas de aproximadamente £60.000 (cerca de R$ 443 mil) , possuía uma “obsessão por horror e sangue”, segundo a polícia. Durante o julgamento, os promotores destacaram a frieza com que Majerkiewicz tentou encobrir o caso e a brutalidade do crime.

Majerkiewicz foi considerado culpado em menos de duas horas de deliberação pelo júri. O juiz de primeira instância, Sr. Justice Cavanagh, informou que a sentença será de prisão perpétua, com período mínimo a ser estabelecido em 28 de março. A defesa negou as acusações.

A família de Stuart Everett disse que está devastada com a brutalidade do crime. “Nossa família está traumatizada além do que se pode imaginar”, disse o irmão da vítima, Richard Ziemacki.

A investigação do caso envolveu 2.000 horas de análise de camêras de segurança, 3.000 provas e mais de 450 depoimentos de testemunhas, culminando na justiça para Everett e sua família.