Tecnologia e Ciência
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Implantes de microchips na mão têm a capacidade de desbloquear portas de casas e carros

Na conferência DEF CON, a engenheira de software Miana Windall compartilhou sua vivência ao utilizar microchips de implante na mão.

Na conferência de segurança DEF CON, ocorrida na última quinta-feira (10), a engenheira de software Miana Windall compartilhou sua experiência ao empregar 25 implantes escaneáveis sob a pele, destinados a fins de segurança.

De acordo com a engenheira, que utilizou esses implantes subcutâneos para acessar seu prédio comercial, essa tecnologia reduz as possibilidades de alguém utilizar suas credenciais de acesso sem o seu conhecimento.

A probabilidade de alguém conseguir escanear sua credencial (implantada por meio de um chip) sem o seu conhecimento não é provavelmente significativa. Isso exigiria um nível considerável de dificuldade, como ter sua mão roubada, o que não é uma tarefa trivial e requer um esforço considerável.

– Miana Windall, engenheira de software.

Os implantes fazem uso de uma tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID) e ímãs que podem ser lidos por um leitor compatível com essas tecnologias. Isso implica que alguém teria a capacidade de empregá-los para acessar portas de residências ou veículos.

A tecnologia RFID foi patenteada na década de 1970 e hoje é responsável pela operação de cartões de crédito e sistemas de transporte. No entanto, esses chips não operam da mesma maneira exibida nos filmes de Hollywood, conforme observou Amal Graafstra, fundador da Dangerous Things, uma empresa especializada em implantes de biosegurança, durante uma entrevista ao Engadget.

Isso ocorre porque esses chips são passivos e não permanecem ativos quando não há um leitor nas proximidades. Em outras palavras, eles dependem de um leitor externo para funcionar adequadamente.

Como explicou Graafstra, um dos exemplos conhecidos de uso para chips desse tipo é o implante de um cartão-chave da Tesla, que permite ao usuário ligar o carro. No entanto, essa aplicação pode ser complexa, pois depende da habilidade do usuário em configurar a chave do veículo elétrico.

Quando disponibilizamos o transponder [implante], estamos fornecendo uma chave, porém não a fechadura.

– Amal Graafstra, fundador da Dangerous Things.

Conforme observado pelo Engadget, empresas estão explorando o uso de implantes de RFID como ferramentas de segurança. No entanto, essa tecnologia apresenta uma vulnerabilidade, pois necessita que as credenciais de acesso estejam expostas para funcionar. No entanto, a utilização das credenciais como implante dificulta o roubo da chave do usuário.

Outra aplicação para esse dispositivo é a verificação da identidade de indivíduos. Ao substituir a autenticação de dois fatores pelos implantes como chaves de acesso, o nível de segurança é aprimorado. Segundo Graafstra, ao contrário das chaves de acesso em hardware (como dispositivos USB) ou mensagens de texto, que podem ser suscetíveis a vulnerabilidades, os implantes de chips permanecem sempre em posse do usuário.

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