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Governo Biden também algemou brasileiros durante deportação

Episódios chegaram a gerar impasse com gestão Bolsonaro

Neste domingo (26), o governo Lula (PT) emitiu uma nota oficial criticando o que chamou de “tratamento degradante” dado aos deportados dos Estados Unidos para o Brasil nos últimos dias. Um grupo de 88 brasileiros desembarcou em Manaus (AM) na noite da última sexta-feira (24) e seguiu posteriormente para Belo Horizonte (MG), onde chegaram na noite de sábado (25).

Ao comentar o assunto, o governo federal afirmou que o “uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, e disse ainda que as autoridades brasileiras não permitiram que o voo com deportados que desembarcou em Manaus seguisse para Belo Horizonte na sexta-feira por conta dessa e de outras situações.

No entanto, o governo do ex-presidente dos EUA Joe Biden também algemou brasileiros durante a deportação. Trata-se de um procedimento padrão do país, que é criticado pelo Itamaraty há anos.

Em setembro de 2021, quando Jair Bolsonaro (PL) era presidente do Brasil, o Ministério das Relações Exteriores já havia solicitado o fim do uso de algemas como condição para ampliar a frequência dos voos de repatriação ao Brasil. O pedido do governo brasileiro, porém, não foi ouvido.

Em fevereiro de 2022, segundo ano da gestão de Biden, o uso de algemas durante um voo de deportação gerou outro impasse entre o governo do democrata com o de Bolsonaro.

Governo Lula recebeu 32 aviões com deportados do governo Biden e nunca reclamou de algemas

Entre 27 de janeiro de 2023 e 10 de janeiro de 2025, o governo de Joe Biden enviou ao todo 32 voos com 3.660 brasileiros deportados dos Estados Unidos – todos com destino ao Aeroporto de Confins (MG). As informações são da Veja e do Poder360.