A atleta concedeu uma entrevista para um canal cristão e agora pode ser punida
A atleta concedeu uma entrevista para um canal cristão e agora pode ser punida
A jogadora francesa Aïrine Fontaine, do FC Fleury e das categorias de base da seleção de futebol feminino da França, afirmou que a homossexualidade é um pecado. A declaração foi feita em uma entrevista ao canal cristão Holy Production e gerou forte repercussão.
Durante a conversa, Fontaine disse que “a Bíblia deixa claro que a homossexualidade é um pecado” e afirmou que as pessoas que vivem essa realidade devem “tentar sair dessa situação”. Ela também declarou que Deus continua amando os homossexuais e que eles não devem se sentir culpados.
– Sabemos que o mundo do futebol feminino é frequentemente ligado à homossexualidade. Qual é a sua posição sobre isso, sobre a homossexualidade e o mundo do futebol? – foi a pergunta feita à futebolista.
E ela respondeu:
– Como está escrito na Bíblia, sabemos muito bem que a homossexualidade é pecado (…) Eu encorajo essas pessoas a lutar, a tentar sair dessa e, principalmente, a não se sentirem culpadas. É certo que quando estamos em pecado, quando fazemos algo errado, bem, nos sentimos culpados. Temos a tendência de nos afastar do bem, temos a tendência de nos colocar num abismo e o objetivo é sair dessa zona (…) Para aquelas pessoas na homossexualidade, eu só quero dizer a elas que Deus ainda as ama.
A entrevista foi amplamente divulgada e criticada pela mídia local, levando à remoção do vídeo do YouTube. A viralização do relato da atleta nas redes sociais fez aumentar ainda a pressão para que ela seja punida pelo time e também pela seleção.
A Federação Francesa de Futebol (FFF) condenou as declarações de Fontaine. Em nota, a entidade afirmou que as falas vão contra os valores de respeito e inclusão promovidos pela federação. Diante da repercussão, há possibilidade de que a jogadora sofra punições. Até o momento, a FFF não informou quais medidas podem ser adotadas.
Pressionada e sofrendo ataques nas redes sociais, Aïrine Fontaine pediu para que os portais removessem o vídeo e disse que se expressou mal e que não é homofóbica. Com informações Le Figaro e L’Equipe.