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Fóssil de 400 milhões de anos abala tese de padrões matemáticos em plantas

Ao procurar espirais de Fibonacci em espécime antigo, estudo do Reino Unido descobriu que classe de plantas teve história evolutiva diferente de outras espécies vivas

Se seu olhar já foi atraído para o arranjo das folhas no caule de uma planta, a textura de um abacaxi ou as escamas de uma pinha, então você, sem saber, testemunhou exemplos brilhantes de padrões matemáticos na natureza.

O que une todas essas características botânicas é o fato de todas serem arranjadas em espirais que aderem a uma sequência numérica chamada sequência de Fibonacci. Essas espirais, conhecidas como espirais de Fibonacci para simplificar, são extremamente difundidas nas plantas e fascinaram cientistas, de Leonardo da Vinci a Charles Darwin.

Devido à prevalência das espirais de Fibonacci nas plantas hoje, acredita-se que elas representem uma característica antiga e bastante conservada que remonta aos primeiros estágios da evolução das plantas e que persiste nas formas atuais delas.

No entanto, nosso novo estudo desafia esse ponto de vista. Examinamos as espirais nas folhas e as estruturas reprodutivas de uma planta fossilizada que data de 407 milhões de anos. E, surpreendentemente, descobrimos que todas as espirais observadas nessa espécie em particular não seguem essa mesma regra; sendo que, hoje, apenas algumas poucas plantas deixam de seguir um padrão de Fibonacci.

O que são espirais de Fibonacci?

As espirais ocorrem com frequência na natureza e podem ser vistas nas folhas das plantas, nas cascas dos animais e até na dupla hélice do nosso DNA. Na maioria dos casos, essas espirais estão relacionadas à sequência de Fibonacci – um conjunto de números no qual cada um é a soma dos dois números que o precedem (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21 e assim por diante).