Nesta quinta-feira, 10 de abril, o Congresso Nacional foi palco de um confronto: indígenas do Acampamento Terra Livre tentaram subir a rampa do Legislativo e foram recebidos com gás lacrimogêneo, balas de borracha e bombas de efeito moral. Em reação, lançaram flechas contra a polícia.
Mais de 6 mil indígenas, liderados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), participaram da mobilização pela derrubada do Marco Temporal. O protesto teve o apoio de ONGs como o Fundo Brasil de Direitos Humanos, Fundo Indígena da Amazônia (Podáali), MST e do PSOL.
Indígenas romperam cercas de contenção, avançaram sobre a área de segurança do Congresso e reagiram com arcos e flechas ao enfrentamento da polícia. A confusão envolveu a Polícia Legislativa e a PM do Distrito Federal. Ainda assim, a cobertura da imprensa e a reação de autoridades tratam o episódio como uma “expressão legítima de resistência”.
A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), uma das líderes do movimento, foi atingida por gás lacrimogêneo durante o protesto. A deputada classificou a ação policial como desproporcional e violenta, destacando que a manifestação era pacífica e que os manifestantes foram recebidos com extrema violência pelas forças que deveriam protegê-los.