A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, registrou um prejuízo bilionário no primeiro trimestre deste ano. Entenda a situação.
Nesta segunda-feira (15), a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, divulgou seu balanço do primeiro trimestre deste ano. Nele, a empresa apresentou um prejuízo líquido de R$ 1,024 bilhão, o que representa uma redução de 35,2% no prejuízo acumulado no mesmo período do ano passado, quando a companhia registrou uma perda de R$ 1,59 bilhão.
O resultado pegou o mercado de surpresa, já que o consenso Refinitiv, empresa de tecnologia financeira, dados e experiência, estimava um resultado melhor para o período. Era esperado um prejuízo de R$ 514 milhões, ou seja, menos da metade da perda apresentada.
Balanço da BRF
Em contrapartida, de acordo com a BRF, a receita líquida registrou uma alta de 9,4% na comparação anual, chegando a R$ 13,2 bilhões. Já o Ebitda, indicador que considera o lucro antes de juros, depreciação, impostos e amortização, fechou o período em R$ 607 milhões. Um crescimento de 300% na comparação com o primeiro trimestre de 2022.
Segundo Miguel Gularte, CEO da BRF, a companhia passou por “problemas conjunturais”, como o aumento da oferta de carne de frango no mundo e a taxa de juros elevada no Brasil. Portanto, esse cenário foi responsável por gerar um impacto no consumo familiar.
Sadia
Fundada em Concórdia, no estado de Santa Catarina, a Sadia é uma produtora de alimentos frigoríficos brasileira que, em 2018, se fundiu com a Perdigão, formando a Brasil Foods (BRF). Atualmente, a Sadia conta com 20 empresas e é a primeira companhia no ranking comercial brasileiro de aves, carnes industrializadas, suínos e bovinos.
Perdigão
A Perdigão foi criada no município de Videira, em Santa Catarina, em 1934. Atualmente, atua na produção, no abate de aves, bovinos e suínos e no processamento de produtos industrializados. Além disso, também produz massas prontas, pizzas, tortas, folhados e vegetais congelados. A companhia conta com 16 unidades industriais de carnes e 16 centros de distribuição.
