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Filhos de mães que trabalham se tornam adultos igualmente felizes

Pesquisadora da Harvard Business School analisou se a presença da mãe em casa na infância influencia na felicidade dos filhos quando adultos

Entre uma criança que cresceu com a mãe em casa e outra cuja mãe sempre trabalhou fora, quem se tornará um adulto mais feliz?

Segundo um estudo da Harvard Business School, nenhuma: as duas poderão ser igualmente felizes no futuro, independentemente da ocupação de suas mães.

Para chegar à conclusão, o estudo comparou dois levantamentos que ouviram, ao longo de dez anos, 100 mil homens e mulheres de 29 países. As perguntas incluíam temas relacionados a estilo de vida, carreira e satisfação geral com a vida.

Além de comprovar que os filhos de mães que trabalharam se mostraram tão felizes quanto aqueles das que estiveram em casa em tempo integral, o estudo também traz outras revelações.

Em 2015, resultados preliminares já haviam mostrado que mães que trabalham fora têm filhas com mais chances de conseguir empregos por mérito próprio, além de alcançar cargos mais altos e ganhar maiores salários.

Os filhos, por sua vez, tendem a gastar 50 minutos a mais por semana cuidando dos membros de sua família, além terem visões mais igualitárias sobre gênero e escolherem parceiras que também trabalham.

Na época, após divulgarem tais resultados, a equipe de Kathleen McGinn, professora da Harvard Business School e responsável por coordenar a pesquisa, deparou-se com questionamentos: sucesso profissional ou questões de gênero à parte, quem foi criado por uma mãe que trabalhava não é menos feliz do que os outros?

A equipe se dedicou, então, a analisar as respostas que poderiam esclarecer essa questão. Segundo a pesquisadora, ao fazer isso, as novas evidências são especialmente importantes para as mães.

“As pessoas ainda têm a crença de que as mães trabalharem é algo prejudicial para seus filhos”, disse ao Harvard Business School Working Knowledge. “Portanto, descobrir que o emprego das mães não afeta a felicidade das crianças na vida adulta é muito importante”.