Paul Di’Anno, ex-vocalista do icônico grupo de heavy metal Iron Maiden, faleceu aos 66 anos em sua casa em Salisburia, Inglaterra. A notícia foi confirmada pela família do artista nesta segunda-feira (21), mas a causa da morte não foi revelada. O cantor enfrentava sérios problemas de saúde há anos, e sua luta contra diversas complicações já era de conhecimento público.
Di’Anno, nascido Paul Andrews, integrou o Iron Maiden entre 1978 e 1981, sendo o primeiro vocalista da banda. Durante esse período, ele gravou dois dos álbuns mais aclamados do grupo: “Iron Maiden” (1980) e “Killers” (1981), que marcaram a ascensão da banda no cenário mundial do heavy metal. No entanto, sua jornada com o grupo terminou em 1981, quando foi substituído por Bruce Dickinson, atual vocalista do Iron Maiden. Anos mais tarde, Paul revelou ter vendido os direitos de suas contribuições nesses discos por apenas 50 mil libras, algo de que se arrependeu profundamente.
Após sua saída do Iron Maiden, Di’Anno se aventurou em diversos projetos musicais. Ele integrou bandas como Gogmagog, Di’Anno’s Battlezone e o Rockfellas. Este último projeto, formado entre 2008 e 2010, contava com músicos brasileiros de destaque, como Jean Dolabella (ex-Sepultura), Marcão (ex-Charlie Brown Jr.) e Canisso (ex-Raimundos). Essa colaboração rendeu turnês e gravações que mantiveram Di’Anno em evidência no cenário musical, mesmo fora do Iron Maiden.
A carreira de Paul foi marcada por altos e baixos, principalmente em função de seus problemas de saúde. Em 2022, o vocalista precisou passar por três cirurgias no joelho, realizadas na Croácia, em um esforço para recuperar sua mobilidade. Na época, uma vaquinha online foi organizada para ajudar nos custos dos procedimentos, mas o Iron Maiden, em um gesto de solidariedade, forneceu o valor que faltava para as cirurgias e tratamentos.
Mesmo com suas limitações, Di’Anno não deixou de se apresentar. Segundo a gravadora Conquest Music, que lamentou profundamente sua morte, Paul realizou mais de 100 shows desde 2023, apesar de precisar usar uma cadeira de rodas para se locomover. O esforço em manter-se conectado com os fãs e continuar a fazer música, mesmo diante de adversidades, reflete o espírito resiliente que marcou sua trajetória.