O advogado Ariel de Castro, ex-chefe da Secretaria de Direitos da Criança e do Adolescente no Ministério dos Direitos Humanos, comentou as denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dizendo que “a verdade apareceu”. Castro, que ocupou o cargo por cinco meses e foi demitido no primeiro semestre de 2023, acredita que as acusações revelam a verdadeira natureza do ministro.
Castro relatou que sua demissão ocorreu após participar de uma reunião com a primeira-dama, Janja da Silva, sem a presença de Silvio Almeida. Ele afirma que, na ocasião, Almeida ficou “melindrado” e que seus assessores justificaram a demissão sob a alegação de racismo.
“Quando saí, em maio de 2023, fiquei sabendo que ele e alguns dos assessores dele, a mando dele, justificaram que eu não teria competência e que era insubordinado, porque não aceitava ordens de um ministro negro, dando a entender que eu seria racista. Sofri muito com isso. Mas agora a verdade apareceu, e o país todo sabe quem ele é”, afirmou Castro em entrevista ao Metrópoles.
O advogado se disse “aliviado” com as denúncias de assédio e alegou que episódios de abuso moral também ocorreram no ministério.
“Muitos colegas que iniciaram comigo deixaram o ministério por desrespeitos do ministro”, disse, acrescentando que Almeida deve assumir suas responsabilidades caso tenha cometido erros.”