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Eduardo Bolsonaro escreve carta para relator da OEA que está no Brasil e desmascara narrativa

Uma carta da lavra do deputado federal Eduardo Bolsonaro, com conteúdo verdadeiramente explosivo, dirigida ao advogado colombiano Pedro Vaca.

publicada na rede social X, ELE expõe claramente os atentados a liberdade de expressão que estão ocorrendo no Brasil e literalmente desmascarando a narrativa dos ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, que nesta segunda-feira (10) receberam no STF o representante da OEA, tentando demonstrar que o país vive um momento de normalidade democrática, fato que não condiz com a realidade, que, aliás, é atroz.

Abaixo, a íntegra da carta:

“Prezado Pedro Vaca,
Enquanto Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso (responsáveis por incontáveis casos de censura e violações de liberdades fundamentais) mentiam para o senhor e tentavam te vender uma imagem falsa de normalidade democrática e institucional no Brasil, eu era intimado pelo destacamento da Polícia Federal (PF) que fica sob as ordens de Moraes, a sua guarda pretoriana, comumente chamada de Gestapo entre os brasileiros do espectro político perseguido por ele.

O motivo? O governo Lula abriu um processo administrativo e ameaça me expulsar da PF – já que sou policial federal licenciado para exercer mandato parlamentar – por palavras que manifestei na tribuna da Câmara dos Deputados, palavras protegidas por minha imunidade parlamentar prevista no art. 52 de nossa constituição.

E o que tanto incomodou a Polícia Federal de Lula? O fato de eu ter denunciado a condução abusiva e ilegal de inquéritos por um delegado da PF, Fábio Shor, que violou direitos humanos, perseguiu opositores e é suspeito até de fraudar documentos oficiais para incriminar adversários do Governo Lula. Essa denúncia não é invenção minha: já está sendo investigada nos EUA por autoridades americanas.

E não pára por aí: por essa mesma denúncia, os deputados Cabo Gilberto e Marcel Van Hattem foram investigados e, este último, indiciado sem direito ao contraditório. Uma das vítima desses abusos de Moraes e Fábio Shor, que denunciamos na Câmara, é Filipe Martins, ex-assessor internacional do Presidente Jair Bolsonaro, que passou mais de seis meses preso sem acusação formal, sofreu pressões diárias para inventar acusações contra outros investigados, teve sua esposa e sua família perseguida e segue com sua liberdade de expressão completamente cassada até hoje.

Isso é o ‘Estado Democrático de Direito’ que tentaram te vender? É essa a ‘normalidade institucional’ que querem que você aceite? Como pode um país se dizer livre se nem mesmo parlamentares podem fiscalizar e criticar o Executivo da tribuna da Câmara sem sofrer represálias? Não há liberdade de expressão nem na mais alta Casa Legislativa. É comum deputados debaterem internamente se podem ou não falar de determinados assuntos, antes de subir à tribuna para proferirem seus discursos (liberdade de expressão?).

No Brasil de hoje quem é investigado não é quem comete abusos e violações, é quem denuncia.

Então, espero que o senhor esteja observando tudo isso com atenção e que não se deixe enganar pela versão distorcida dos fatos que Moraes e Barroso tentaram te empurrar. Eles te menosprezam ao te entregar uma narrativa falsa, que esconde centenas de crimes e violações grotescas cometidas contra cidadãos brasileiros. Eles também te menosprezam ao acreditar que você aceitará deles a mesma justificativa oferecida por Ortega, Maduro e outros ditadores que acusam seus adversários de ‘fake news’, ‘extremismo’, ‘atos anti-democráticos’ e ‘planejamento de golpes’ para persegui-los e calá-los, como Moraes tenta fazer com Bolsonaro e seus apoiadores aqui no Brasil.”