Novo tipo de capacete mais tecnológico tem dado uma baita dor de cabeça aos pilotos. Confira qual é e veja a punição pelo uso!
Com o avanço no número de pessoas que estão optando pelas motos, seja para trabalho ou para chegar mais rápido aos lugares, as tecnologias envolvendo esses veículos também disparam. Esse é o caso do capacete à venda com sistema viva-voz integrado, que permite a conexão com celulares via Bluetooth.
Uso do capacete não é recomendado
Sendo assim, agora se torna possível atender ligações telefônicas e até mesmo ouvir músicas com o capacete.
Sobre isso, é válido ressaltar que a venda desse tipo de capacete ou de kits Bluetooth separadamente é permitida. De toda forma, os especialistas afirmam que o uso dessa tecnologia é semelhante a dirigir um carro com fones de ouvido ou mexendo no celular. Com isso, lembramos aos motoristas e pilotos que ambas as práticas são proibidas.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir com uso do fone de ouvido ou falando ao celular é considerado uma infração de natureza média. A penalidade aplicada para esse tipo de falta é uma multa de R$ 130,16 e cinco pontos na carteira de motorista, logo a prática é desaconselhada.
É difícil fiscalizar
De acordo com o advogado Marco Fabrício Vieira, membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), diversos motociclistas utilizam o capacete com Bluetooth tendo consciência de que pilotar no trânsito com fones de ouvido é proibido e gera multa. No caso desses capacetes, os fones ou alto falantes são integrados, assim como o microfone, ou seja, ficam escondidos de uma blitz, por exemplo.
“Motociclistas têm adquirido capacetes com Bluetooth justamente para escapar da fiscalização, pois é extremamente difícil de constatar a infração. Não há dúvida de que o uso dessa tecnologia por motociclistas oferece risco à própria segurança e do trânsito em geral, pois o condutor fica impossibilitado de ouvir o ambiente ao seu redor”, disse Marco.
O membro do Contran afirma ainda que o risco de acidentes é ainda maior, caso o som esteja em volume elevado. Isso, porque o cérebro foca mais em ouvir o som do que propriamente dirigir. Com isso, “a falta de atenção provocada pelo som nos ouvidos impede que o condutor ouça uma buzina ou até a sirene de uma ambulância, ou o apito de uma autoridade do trânsito”, Vieira completou.