O jurista André Marsiglia realizou uma análise sobre o processo da cabeleireira Débora dos Santos, de 39 anos, no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o especialista e pesquisador em liberdade de expressão, as decisões do ministro Alexandre de Moraes em relação ao caso são “inconstitucionais e censórias”.
Segundo Marsiglia, o fato de Moraes ter acatado a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e ter concedido a prisão domiciliar para Débora não é necessariamente um avanço jurídico.
“Moraes não revogou a prisão preventiva, mas a substituiu por prisão domiciliar, em razão do pedido de vista”, declarou. “Ou seja, continua entendendo que sua liberdade é um risco social.”
No início desta semana, o ministro Luiz Fux, do STF, pediu vista na votação do caso Débora na 1ª Turma da Corte. Ou seja, mais prazo para analisar o processo. A cabeleireira foi presa por participar do ato de 8 de janeiro de 2023, e ter escrito com batom “perdeu, mané” na estátua da Justiça.