Mas não é bem assim: os alimentos à base de plantas continuam sendo ultraprocessados e têm riscos parecidos. A nutricionista e mestre em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Natália Utikava, chamou atenção para o consumo da carne vegetal. A troca não é tão simples e há outras alternativas.
Carne vegetal é alternativa à carne – mas não uma boa alternativa
A carne vegetal surgiu como alternativa à carne “tradicional” de duas formas. A primeira é em termos de nutrientes, imitando o valor nutricional de proteínas, ferro e vitamina B12. A segunda é em termos culinários, imitando a cor, sabor ou a textura da carne, mas não necessariamente seu teor nutricional.
Como lembrou Utikava ao Jornal da USP, diversos estudos associaram o consumo de carne vermelha a malefícios à saúde, mas isso não significa que a carne vegetal é mais saudável.
Isso porque, segundo ela, apesar de mudar a base das proteínas (animal por vegetal), esses alimentos plant-based continuam sendo ultraprocessados. Eles são feitos à base de proteínas vegetais concentradas, com adição de gorduras, aditivos, corantes e aromatizantes, além de passarem por uma série de processos industriais.
Há alternativas aos alimentos plant-based