A rede elétrica colapsou novamente, em Cuba, neste sábado (19), logo após ter sido restabelecida a energia fornecida pela maior usina termoelétrica do país. Atividades estatais continuam suspensas e mais de 10 milhões de pessoas estão sem energia elétrica.
O regime cubano confirmou a um veículo de comunicação estatal que a região vive uma “emergência energética”. De acordo com o Ministério de Energia e Minas, “neste momento microssistemas estão sendo implantados em todas as províncias, exceto em Artemisa, com potência limitada, mas que ajuda a chegar energia a alguns consumidores”. Segundo a Agência Reuters, hospitais, hotéis e algumas residências com geradores próprios têm acesso a eletricidade.
O diretor de eletricidade do ministério confirmou ao Canal Caribe que “os trabalhos para o restabelecimento da eletricidade continuam e o governo espera que seja restaurado o mais rápido possível”.
Crise energética em Cuba
O governo comunista afirmou em rede social que a crise energética em Cuba se dá pela escassez de combustível, um resultado da diminuição do capital estrangeiro para investimentos em motores e usinas geradoras. O país conta com oito usinas termoelétricas que passam por manutenção e sete usinas flutuantes, alugadas de empresas turcas. Quase todas precisam de combustível para funcionar.
Os cubanos já sofrem com apagões pontuais há cerca de três meses. Na quinta-feira (17), a Unión Eléctrica (UNE) informou que o déficit na geração de energia chegou a 50%, entrando em colapso na sexta-feira (18). A situação aumenta o descontentamento social como um dos fatores para protestos antigovernistas.