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Como funcionam os novos radares que identificam maus motoristas de longe?

A nova tecnologia vai flagrar os motoristas que costumam frear quando estão bem próximos aos radares.

O jeitinho brasileiro para passar na fiscalização eletrônica pode acabar, isso porque os novos radares para flagrar aqueles maus motoristas de longe já estão sendo testados. Então, ficar acima da velocidade antes e depois do radar pode não ser mais uma opção. O que por outro lado, pode trazer muitos benefícios, como diminuir o número de acidentes, por exemplo.

Os novos radares já chegaram à capital paulista e também à paranaense, mas como será que eles funcionam exatamente? Será que as multas já estão sendo aplicadas? Confira neste artigo e fique atento!

Por que os novos radares são tão importantes?

Assim como os equipamentos atuais de fiscalização eletrônica, os novos radares estão sendo projetados para evitar acidentes. E com a nova tecnologia, a ideia é realmente fazer com que os motoristas respeitem a velocidade em um trecho maior da via onde se encontra o aparelho.

Afinal, o que muitos costumam fazer é diminuir a velocidade quase que em cima do radar e aumentá-la logo após passar pelo mesmo. O que também pode ser um fator de causa de acidentes.

Por outro lado, muitos criticam o excesso de fiscalização, atribuindo a cobrança de multas como o verdadeiro intuito das autoridades de trânsito e do governo, a chamada “indústria da multa”.

No entanto, o que os índices apresentados nas últimas estatísticas nos revelam que as multas diminuíram, mas a um preço multo alto, diante do aumento de número de acidentes e vítimas fatais no trânsito.

A política de redução de radares para reduzir consequentemente as multas de trânsito era fortemente apoiada no último governo. Orgulhosamente o ex-presidente apresentou, em 2021, um relatório com números expressivos em quedas de infração de trânsito por velocidade ligada a captação de radares. A arrecadação com multas por excesso de velocidade nas rodovias federais caiu de R$ 936 milhões, em 2018, para aproximadamente R$ 340 milhões em 2020.

Porém, enquanto os motoristas comemoravam a redução de custos no bolso, as estatísticas apontam que houve um número considerável de mortes após a política de desligamento de radares. Só nas rodovias federais o aumento foi de 15% em 2019, comparado ao ano anterior. Cerca de 398 em 2018 para 460 mortes em 2019.

Como funciona a nova fiscalização eletrônica?

Para evitar o famoso jeitinho brasileiro, os novos radares ganham uma tecnologia de alcance que poderá detectar a velocidade do motorista antes e depois de passar pela fiscalização eletrônica.

A ciência chama essa tecnologia inovadora de Efeito Doppler, que é um fenômeno que permite observar e perceber a alteração de frequência sonora através de um movimento relativo de aproximação ou afastamento de qualquer objeto.

Dessa forma, ao invés de medir a velocidade do veículo na via por meio de sensores, como os atuais radares, os novos equipamentos funcionam através da medição de ondas eletromagnéticas. Sendo assim, conseguem detectar os maus motoristas que freiam ao chegar perto da fiscalização e aceleram

logo depois de passar por ela.

E pasmem! A nova tecnologia tem a capacidade de captar a velocidade dos veículos à 50 metros de distância após o ponto onde fica o novo radar. Os aparelhos ainda podem registrar imagens de ultrapassagens proibidas e infração de sinal vermelho.

Já posso ser multado com os novos radares?

A resposta é: não! Os novos radares ainda não estão liberados para aplicar multas. Porém, os novos equipamentos já foram homologados pelo Inmetro e já passam por averiguações regulares.

Por enquanto, estão funcionando como teste, apenas período experimental. Mas já existe uma proposta do principal órgão de trânsito do país, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para que eles passem a autuar os possíveis motoristas infratores no futuro.

Dessa forma, duas grandes capitais já estão com os novos radares ativos em algumas vias. São Paulo e Curitiba receberam os equipamentos e já há relatos de bons resultados. Só na capital paulista são 13 radares, distribuídos em 6 rodovias: Washington Luís (SP-310), Luiz de Queiróz (SP-304), Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), César Augusto Sgavioli (SP-261), Irineu Penteado (SP-191) e Assis Chateaubriand (SP-425).

A perspectiva de especialistas é que a adoção dos novos radares com a tecnologia Doppler seja cada vez mais uma tendência e logo chegará a outros municípios no Brasil. Então, prepare-se para estar atento e não sofrer nenhuma infração!